abusos

Grupo VITA já entrevistou 52 das 78 pessoas que pediram compensações financeiras.

Para 27 de novembro, está previsto um congresso internacional sobre o tema em Fátima, para tentar "pensar um pouco o papel da Igreja Católica, não só na prevenção, mas também na resposta à violência sexual", disse a dirigente.

O número foi revelado esta quinta-feira à tarde no final da assembleia plenária da Conferência Episcopal Portuguesa. Faltam avaliar outros 37 pedidos de compensação financeira. D. José Ornelas reforça o compromisso de pagar as indemnizações até ao final do ano.

Ao longo do pontificado, Francisco convocou uma cimeira no Vaticano sobre abusos sexuais de menores e, entre outras medidas, determinou que fossem criados, em todas as dioceses, gabinetes para receber denúncias.

O próximo líder da Igreja será fundamental para que o trabalho desenvolvido pelo Papa argentino tenha continuidade, diz Filipa Almeida, que há quase trinta anos foi vítima deste tipo de crimes. “Com a morte dele, receamos que tudo volte à estaca zero.”

Grupo que acompanha as situações de abuso sexual na Igreja em Portugal expressa “profunda tristeza” pela morte de Francisco.

Arguido fica proibido de desempenhar funções públicas ou privadas que envolvem crianças durante cinco anos.

Comissões de instrução deverão ouvir todas as vítimas até ao final de setembro.

Termina oficialmente esta segunda-feira, dia 31, o prazo para as vítimas de abusos solicitarem uma compensação financeira. Ainda assim, a coordenadora do Grupo VITA, Rute Agulhas, garante que a Igreja continuará a aceitar pedidos. Desde 2023, o VITA recebeu 128 contactos. Houve 71 vítimas a pedir compensação financeira. A maioria das pessoas não indica o montante a receber.

Propostas vão a votação final num Plenário de Cidadãos esta sexta-feira. O movimento quer “quebrar o discurso de pessimismo” e de “treinadores de bancada” e apresentar propostas ao futuro governo para “construir um país mais forte”.