Em situação crítica estavam as albufeiras de Campilhas e Monte da Rocha, ambas na bacia hidrográfica do Sado, com, respetivamente, 12% e 10% da sua capacidade, e Ribeiras do Barlavento algarvio, com 13% do volume total armazenado.
A bacia do Barlavento algarvio, com 13,3%, apresentava no final de abril a menor quantidade de água armazenada, do global, tal como sucede há mais de um ano.
Depois da chuva intensa da semana passada, o volume das albufeiras do Tejo registou um aumento de 610 mil milhões de litros de água, o suficiente para encher mais de 245 mil piscinas olímpicas.
Segundo a Agência Portuguesa do Ambiente, a intensidade da chuva nos últimos dias obrigou a descargas controladas em oito barragens portuguesas, mas há ainda bacias onde não se verifica recuperação.
Das albufeiras monitorizadas em todo o país, 30% apresentam disponibilidades hídricas superiores a 80% do volume total e 27% têm disponibilidades inferiores a 40% do volume total.
O valor médio de consumo de água por habitante, em Portugal, é de 186 litros por dia, mas a recomendação da ONU é de 110 litros. O país consome seis mil hectómetros cúbicos, “cerca de dois Alquevas por ano”, sendo que o consumo na agricultura representa mais de 70%.
Mêda e Vila Nova de Foz Coa, no distrito da Guarda e São João da Pesqueira e Tabuaço, no distrito de Viseu, vão dar uma resposta conjunta à situação de seca que se vive na região. Avançam na próxima semana com uma campanha de sensibilização para a poupança de água.
Os dados agora disponibilizados, comparando com o mês anterior, indicam uma subida em cinco bacias hidrográficas (Vouga, Mondego, Ribeiras Oeste, Tejo e Sado) e uma descida em oito.
Mais de metade das albufeiras do país estavam a mais de 80% da capacidade no final de março e quatro tinham menos de 40% do volume total, indicam dados esta quinta-feira divulgados pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA).