alcafache

As imagens guardadas, os gritos gravados na memória e os cheiros entranhados. 40 anos depois da tragédia, os bombeiros de Nelas continuam a reviver o horror do acidente de Alcafache. Numa altura em que ninguém falava de apoio psicológico, ficaram sozinhos com o peso do trauma. Feridas que continuam por sarar.

Do choque entre um comboio Internacional e um Regional saíram chamas mortíferas. O cheiro a corpos queimados está na memória de muitos entre Nelas e Mangualde, assim como o erro na origem do cenário “aterrador”. Hoje, Portugal ainda tem linhas dependentes de chamadas entre estações para controlar os comboios. “É inegável que estamos a assumir mais risco, mas não é intolerável”, segundo um especialista.

Há 40 anos, dois comboios colidiram frontalmente, provocando “um forno humano num inferno de ferro” — foi essa a descrição do Diário de Notícias, dois dias depois. Do choque entre um comboio Internacional e um Regional, saíram chamas mortíferas. O cheiro a corpos queimados está na memória de muitos entre Nelas e Mangualde, assim como o erro na origem do cenário “aterrador”.

A 11 de setembro de 1985 chocaram frontalmente na Linha da Beira Alta um Sud-Express e Regional. O número exato de mortos permanece uma incógnita.