Carlos Alves, vice-presidente da Autoridade do Medicamento, fala em "aumento significativo de consumo de antimicrobianos durante o período pandémico e, também pós-pandémico".
Um total de 92 milhões de vidas poderão ser poupadas entre 2025 e 2050 se for melhorado o acesso a cuidados de saúde e a novos antibióticos, indica estudo.
Presidente do Grupo de Investigação e Desenvolvimento em Infeção e Sépsis diz que "há um nível de falência dos tratamentos por causa disso", e alerta para a importância de as pessoas "se responsabilizarem pela sua saúde".
"Esforços adicionais são necessários para continuar a reduzir o uso desnecessário de antimicrobianos, melhorar a prevenção de infeções e as práticas de controlo e aplicar programas de administração de antimicrobianos."
Um relatório da Direção-Geral da Saúde conclui também que a adesão ao cumprimento da higiene das mãos aumentou progressivamente a partir de 2016, sendo "particularmente significativo o aumento ocorrido entre 2019 e 2020 no contexto pandémico".
Os níveis de resistência antimicrobiana põem em risco a eficácia da prevenção e do tratamento de um número cada vez maior de infeções por vírus, bactérias, fungos e parasitas.