Em causa estão declarações da secretária de Estado da Saúde que, no debate em plenário, garantiu que o Governo não tinha conhecimento da acumulação de funções do diretor executivo do SNS.
“Não queiram atirar as responsabilidades para o anterior Governo de uma escolha deste Governo”, disse o deputado socialista João Paulo Correia, reagindo às declarações de Montenegro. Na véspera, o PM disse que nem ele nem a ministra da Saúde sabiam, nem podiam saber, do caso da acumulação de funções do CEO do SNS.
No discurso aos conselheiros nacionais, o primeiro-ministro falou sobre segurança e saúde e elogiou a ministra Ana Paula Martins, que diz estar "sob pressão" pelo que não foi feito no anterior Governo.
Antigo presidente da Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (CReSAP) acusa a ministra da Saúde de “falta de prudência”, por “não ter averiguado primeiro a idoneidade” do ex-diretor-executivo do SNS. Em entrevista à Renascença. João Bilhim faz um apelo: “pelo amor de Deus, a senhora ministra que assuma o erro”.
Para o Livre, a demissão de Gandra D' Almeida do Livre, "é mais uma demissão no setor da saúde" e "em menos de um ano o SNS vai ter três diretores executivos".
"A situação é grave e neste momento não temos nem uma equipa ministerial nem um Governo à altura para dar resposta a uma das áreas mais importantes da nossa vida que é a Saúde", defendeu o secretário-geral do PS.