05 mai, 2025 • Filipa Ribeiro
Fernando Medina critica o "timing" utilizado pelo Governo para anunciar que a AIMA vai notificar mais de 4 mil imigrantes para deixarem o país. O socialista acusa a AD e o Governo de "confundirem todos os papéis" e de estarem a "usar os mais vulneráveis dentro de uma campanha eleitoral como arma de arremesso" utilizando "uma das linhas do discurso do Chega".
No programa Conversa de Eleição, da Renascença, também o social-democrata Miguel Poiares Maduro considera que o "timing" mostra alguma "exploração política" do tema, considerando que "se foi longe demais" sobre o tema. O antigo ministro adjunto e da Coesão Territorial do Governo de Pedro Passos Coelho reconhece, ainda assim, "mérito" na forma como o atual executivo abordou a regulação do tema da imigração.
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Sobre a decisão e os avanços do Governo e da AD sobre a imigração, Fernando Medina e Miguel Poiares Maduro compreendem como uma resposta ao Chega. O socialista nota uma tentativa da AD em capturar algum eleitorado do partido de André Ventura.
Com a campanha na estrada há um dia, Fernando Medina alerta que o caso Spinumviva "não levará a alterações" nos eleitores e diz acreditar que os partidos políticos não utilizam o tema como "central nos próximos tempos".
Já o social-democrata Miguel Poiares Maduro defende que nos últimos dias os partidos "meteram os pés pelas mãos" no caso da Spinumviva, nomeadamente no próprio PSD - onde um deputado pediu que se investigasse os telemóveis de outros deputados - e que Poiares Maduro classifica a reacção como "desproporcional".
O socialista Fernando Medina acredita que a campanha do PS se vai centrar agora em dizer que "as coisas que estavam bem estão pior" - com os novos dados da economia sobre o primeiro trimestre, enquanto que na AD acredita que o argumento estará centrado em dizer que "Luís Montenegro é melhor primeiro-ministro que Pedro Nuno Santos".
Já Miguel Poiares Maduro lembra que a campanha será importante, uma vez que nestas eleições é provável que muitos eleitores se decidiam em cima do dia das eleições.
Uma semana depois do apagão, Fernando Medina considera que o Governo seguiu o "manual de tudo o que não deve ser feito", enquanto Miguel Poiares Maduro realça que em situações de crise o Governo deve recorrer a técnicos de "comunicação de crise" e não a especialistas em "comunicação política".
Em consenso o elogio à comissão independente constituída pelo executivo.