Conversa de Eleição
A semana começa com a análise de Fernando Medina e Miguel Poiares Maduro sobre o que se passa no país. Às segundas-feiras é dado o pontapé de saída com a conversa política que faltava. Para ouvir na Edição da Noite, depois das 23h. Conversa de Eleição é um programa com moderação da jornalista Filipa Ribeiro que pode ouvir também em podcast.
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Timing sobre imigração? Medina acusa Governo "de usar mais vulneráveis" e Poiares Maduro diz que se foi "longe demais"

Conversa de Eleição

Deportação de imigrantes. Medina e Poiares Maduro dizem que Governo foi "longe demais"

05 mai, 2025 • Filipa Ribeiro


Fernando Medina acusa Governo de "confundir todos os papéis" e de "usar em cheio" o tema da imigração na campanha. O social- democrata Miguel Poiares Maduro fala em "mérito" do executivo na gestão do tema, mas reconhece que "se foi longe demais".

Fernando Medina critica o "timing" utilizado pelo Governo para anunciar que a AIMA vai notificar mais de 4 mil imigrantes para deixarem o país. O socialista acusa a AD e o Governo de "confundirem todos os papéis" e de estarem a "usar os mais vulneráveis dentro de uma campanha eleitoral como arma de arremesso" utilizando "uma das linhas do discurso do Chega".

No programa Conversa de Eleição, da Renascença, também o social-democrata Miguel Poiares Maduro considera que o "timing" mostra alguma "exploração política" do tema, considerando que "se foi longe demais" sobre o tema. O antigo ministro adjunto e da Coesão Territorial do Governo de Pedro Passos Coelho reconhece, ainda assim, "mérito" na forma como o atual executivo abordou a regulação do tema da imigração.

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Sobre a decisão e os avanços do Governo e da AD sobre a imigração, Fernando Medina e Miguel Poiares Maduro compreendem como uma resposta ao Chega. O socialista nota uma tentativa da AD em capturar algum eleitorado do partido de André Ventura.

Deportação de imigrantes. Medina e Poiares Maduro dizem que Governo foi "longe demais"
Medina e Poiares Maduro dizem que Governo foi "longe demais" ao anunciar deportação de imigrantes

O fantasma da Spinumviva

Com a campanha na estrada há um dia, Fernando Medina alerta que o caso Spinumviva "não levará a alterações" nos eleitores e diz acreditar que os partidos políticos não utilizam o tema como "central nos próximos tempos".

Já o social-democrata Miguel Poiares Maduro defende que nos últimos dias os partidos "meteram os pés pelas mãos" no caso da Spinumviva, nomeadamente no próprio PSD - onde um deputado pediu que se investigasse os telemóveis de outros deputados - e que Poiares Maduro classifica a reacção como "desproporcional".

O socialista Fernando Medina acredita que a campanha do PS se vai centrar agora em dizer que "as coisas que estavam bem estão pior" - com os novos dados da economia sobre o primeiro trimestre, enquanto que na AD acredita que o argumento estará centrado em dizer que "Luís Montenegro é melhor primeiro-ministro que Pedro Nuno Santos".

Já Miguel Poiares Maduro lembra que a campanha será importante, uma vez que nestas eleições é provável que muitos eleitores se decidiam em cima do dia das eleições.

Uma semana depois do apagão, Fernando Medina considera que o Governo seguiu o "manual de tudo o que não deve ser feito", enquanto Miguel Poiares Maduro realça que em situações de crise o Governo deve recorrer a técnicos de "comunicação de crise" e não a especialistas em "comunicação política".

Em consenso o elogio à comissão independente constituída pelo executivo.

Comentários
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  • Sara
    07 mai, 2025 Lisboa 17:26
    Pois, vocês é que foram longe demais na irresponsabilidade, falta noção da realidade, falta de respeito pelos portugueses
  • Longe demais?
    06 mai, 2025 Só se foi no estado de inércia 09:25
    Longe demais? quando entraram pelo menos 120 000 pessoas, das quais nada sabemos porque não foram sequer investigadas e tanto podem ser gente que só veio para trabalhar, como criminosos fugidos à justiça dos Países deles, ou profissionais da subversão e desordem, e acham que 4500 "pedidos" de abandono do País - quem fiscaliza se eles saem ou não? E o que está preparado para o caso deles não sairem? - é ir "longe demais"? "Longe demais" foi ter estado em inércia este tempo todo a assistir parados ao avolumar do problema, e os responsáveis por essa política de porta aberta, devem agora ser responsabilizados por isso.