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Por que é que estão a aumentar os casos de tosse convulsa?
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Por que é que estão a aumentar os casos de tosse convulsa?

09 mai, 2024 • André Rodrigues


Os sintomas mais frequentes são tosse, febre, olhos lacrimejantes e congestão nasal, podendo evoluir para consequências mais graves, se o tratamento não for atempado e eficaz.

Aumentam os casos de tosse convulsa. Nos primeiros quatro meses do ano, foram identificados em Portugal 200 casos - 10 vezes mais do que o total de casos registados em todo o ano passado.

O Explicador Renascença esclarece o que está em causa.

O que é que explica este aumento galopante?

Antes de mais, esclarecer que a tosse convulsa é uma doença bacteriana que afeta sobretudo as crianças. O contágio ocorre quando uma pessoa infetada espirra ou tosse, expelindo micróbios para o ar.

Os sintomas mais frequentes são tosse, febre, olhos lacrimejantes e congestão nasal, podendo evoluir para consequências mais graves, se o tratamento não for atempado e eficaz.

Quanto a este aumento muito significativo, quatro em cada cinco casos ocorreram em idade pediátrica. Muitos destes diagnósticos são de crianças que, ou não estavam vacinadas, ou que tinham o esquema vacinal incompleto.

A maior parte destas crianças chega a Portugal vinda de países onde a taxa de vacinação é bastante reduzida, ao contrário do que acontece em Portugal, onde a cobertura vacinal contra o tétano, a difteria e a tosse convulsa atingiu os 95% no ano passado.

Mas estes casos mais recentes são graves?

Nem todos. Mas há casos mais graves, sobretudo em crianças com menos de um ano, que ainda não fizeram a vacina, por ainda não terem atingido a idade mínima para recebê-la.

O problema é quando estes recém-nascidos têm contacto com outras crianças infetadas.

Daí o alerta da Direção-Geral da Saúde feito aos hospitais e, muito em particular aos pediatras, para que incentivem a população a vacinar-se contra a tosse convulsa.

A tosse convulsa é um risco para o resto da população?

O risco de infeção existe em crianças mais velhas e também em adultos, mas, à partida, as consequências serão menos graves.

O tratamento é habitualmente feito em casa e inclui a toma de antibióticos.

No caso dos bebés, é mais provável que necessitem de tratamento hospitalar, dada a severidade dos sintomas.

Mas este aumento exponencial de casos está a acontecer só em Portugal?

Não só em Portugal. São números que acompanham uma tendência europeia.

Em Espanha, foram registados mais de cinco mil casos, desde o início do ano, e um bebé morreu. No Reino Unido, também já foram registados mais de 500 casos de tosse convulsa.

Os bebés com menos de um ano e a faixa etária entre os 10 e os 13 anos foram os mais afetados.

Ainda assim, em declarações à Renascença, o presidente da Associação de Médicos de Saúde Pública, Gustavo Tato Borges admite ser normal a ocorrência de surtos desta dimensão a cada quatro ou cinco anos, até nos países com elevada cobertura vacinal, como é o caso de Portugal.

Não há razão para alarme, mas os especialistas estão atentos aos casos de maior gravidade que acontecem com crianças não vacinadas. Daí o apelo recorrente para que cumpram o esquema de imunização para evitar complicações mais severas da doença.

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