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Quais as recomendações para o bem-estar digital dos alunos?
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Quais as recomendações para o bem-estar digital dos alunos?

30 jan, 2025 • Fátima Casanova


As escolas estão a receber um conjunto de recomendações para promover o bem-estar digital dos alunos. São quatro folhetos para públicos distintos: diretores escolares, professores, pais e alunos. Todos eles têm a mesma preocupação: proteger os estudantes face aos riscos associados ao uso excessivo das tecnologias digitais.

No Explicador Renascença desta quinta-feira falamos dos cuidados que os jovens devem ter no espaço digital e das recomendações do Ministério da Educação que estão a chegar às escolas, numa altura em que alguns estabelecimentos de ensino já restringiram o uso de telemóveis.

Quais as recomendações dirigidas aos diretores das escolas?

A primeira delas sublinha a necessidade de a escola estabelecer regras sobre o uso de dispositivos digitais, como por exemplo, os telemóveis.

Ao mesmo tempo é pedido aos diretores, que desenvolvam “orientações e procedimentos claros para lidar com casos de 'ciberbullying' em parceria com a comunidade escolar”, sugerindo a divulgação de informações para que as vítimas de cibercrime possam rapidamente recorrer a apoio especializado.

Os professores também são chamados a estarem atentos a este fenómeno do "ciberbullying"?

Sim, é pedido aos docentes que adotem uma “atitude proativa contra a violência online”, nomeadamente ouvindo as preocupações dos alunos.

Também é sugerido aos professores que, em sala de aula, promovam o debate sobre “questões éticas relacionadas com a privacidade e proteção de dados online”.

Numa altura em que se questiona o uso de manuais digitais, o Ministério da Educação recomenda aos professores que “garantam o equilíbrio entre a utilização de recursos digitais e não digitais”.

É recomendado ainda que os professores promovam “atividades que estimulem a comunicação presencial”.

Quanto aos pais? Que conselhos são dados?

Os pais devem “estabelecer limites”. É preciso controlar o tempo que o filho está ‘online’ e estabelecer regras.

Devem também “utilizar ferramentas ‘online’ que permitem controlar o tempo de ecrã e o acesso a conteúdos desadequados”.

As recomendações vão só no sentido de impor as regras?

Não, também é recomendado aos pais que conversem com os filhos, que os levem a compreender que “estar ‘online’ durante muito tempo pode afetá-los negativamente”.

Os pais também podem perguntar como o seu educando “se sente quando está ‘online’ e discutir sobre o que fazer se se sentirem pressionados ou infelizes quando estão ‘online’.”

Devem ainda alertar para a necessidade de fazer pausas regulares e garantir que o seu educando tem “atividades ao ar livre, passatempos e eventos sociais e que pratica atividades artísticas e/ou desportivas.”

Deve haver colaboração com a escola, nesta matéria?

Sim, inclusivamente é pedido aos pais, que contactem a escola, sempre que se apercebam de algum sinal, que considerem preocupante.

Neste folheto, dirigido aos encarregados de educação, também é pedido que estes promovam “uma política de tolerância zero à violência ‘online’ e ao ‘ciberbullying’.”

O que é pedido aos alunos?

É recomendado que sejam cordiais quando falam com os colegas ou quando partilham alguma coisa na internet, que devem denunciar conteúdos impróprios, que devem apoiar as vítimas de "bullying" e denunciar o agressor.

Também é recomendado aos alunos que questionem o que vêm ‘online’ e que falem abertamente em casa ou na escola sobre o que os possa preocupar.

Para qualquer situação, podem consultar o site internetsegura.pt ou recorrer à linha internet segura para pedir ajuda: o número é 800 21 90 90.


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