08 mai, 2025 • Sérgio Costa
Desde 2022, o número de portugueses em teletrabalho aumentou e regista agora o valor mais alto.
De acordo com o INE, no primeiro trimestre do ano havia um milhão e quase cem mil pessoas em teletrabalho no país. É o número mais elevado desde 2022. São pessoas que trabalham em casa com recurso a tecnologias de informação ou comunicação.
Representa 20,9% da população empregada em Portugal, o que é bastante significativo. Em 2022, o total de pessoas em teletrabalho não chegava a 910 mil, ou seja, representavam 18,3% da população empregada.
Alguns ficam, mas nem todos. Aliás, a média de trabalho em casa é de três dias por semana. Quer isto dizer que em boa parte, o teletrabalho é parcial. A maior fatia, 38%, trabalha nesse regime híbrido. Só 23,4% trabalha sempre em casa. O curioso é que independentemente de haver mais pessoas em regime de teletrabalho, o número médio de dias em casa já foi mais elevado. Chegou a ser de 4 dias.
Exactamente. De a cordo com o INE a variação mais significativa está naqueles que conciliam trabalho presencial e em casa. No primiero trimestre do ano esses trabalhadores aumentaram 2,4% em relação a igual período do ano apassado
São sobretudo licenciados. 46% dos que estão em teletrabalho têm licenciatura, 12,5% completaram o ensino secundário e há 2,9% com o ensino básico
Há estudos que mostram que trabalhar a partir de casa permite uma poupança substancial. Os benefícios compensariam qualquer corte salarial, sendo que um trabalhador remoto poderá poupar entre 1.800 e 6.400 euros anuais em transporte e outros custos relacionados com o trabalho. As empresas também poderão poupar uma vez que não têm de pagar subsídio de transporte. Vários estudos mostram que em média uma empresa economizar mais de 10 mil euros para cada funcionário que trabalhe a partir de casa por apenas metade das horas contratadas.