30 abr, 2025
O semanário The Economist, referindo-se aos primeiros cem dias da atual presidência de Trump, afirma que ela já trouxe danos, que irão perdurar, às instituições americanas, às alianças e à posição moral dos EUA. Entretanto, a taxa de aprovação do presidente Trump no seu país caiu mais fundo e mais depressa do que aconteceu com os presidentes que o antecederam.
Mas Trump continua a proclamar que está a fazer um excelente trabalho. No plano internacional, os EUA de Trump destruíram a ordem mundial que os governantes americanos construíram ao longo de décadas.
Agora, os EUA de Trump ameaçam anexar a Gronelândia, reapropriar-se do canal do Panamá, e fazer do Canadá o 51º estado americano. Ameaça que levou os liberais à vitória eleitoral no Canadá, pois se opuseram vigorosamente às fantasias de Trump.
O país de Trump parece aproximar-se de uma ditadura autoritária, deixando de ser um farol para a democracia. Veja-se o entusiasmo com que os homens de Trump enviam para as prisões de El Salvador pessoas sem qualquer acusação de um tribunal.
Trump apresentou recentemente um plano de paz para a Ucrânia de tal modo favorável a Putin que se pode especular sobre se ele, Trump, é um agente secreto do presidente russo.
De facto, o plano de paz de Trump reconhece a Crimeia como território russo, exige que a Ucrânia se comprometa a não aderir à NATO, a Ucrânia renunciaria às quatro regiões que Putin reivindica como suas, seriam levantadas todas as sanções à Rússia, etc. E Trump recusou vender à Ucrânia mísseis antimíssil Patriot.
Trump invetivou Zelensky, presidente da Ucrânia, por não se ter vergado a tais imposições absurdas.
E nem é preciso lembrar a loucura das tarifas, que entravam o comércio internacional e levam a economia mundial a aproximar-se da recessão.