02 mai, 2025
Desde o início de 2025 poucos foram os dias em que não choveu. Entre 21 de Abril e 29 do mesmo mês o sol e o céu azul regressaram. Mas no último dia de Abril voltou a chuva.
Não possuo conhecimentos em matéria de ambiente e clima, por isso limito-me a exprimir surpresa e desconforto porque o bom tempo tardou em aparecer, apesar de a primavera ter começado há um mês.
Claro que se trata de lamentos de um citadino, não de um agricultor ou de um pescador (a situação no mar não tem sido favorável à pesca, sobretudo por causa do vento). Procurei informar-me.
Assim, Março do corrente ano foi o mês mais quente na Europa, mas em Portugal continental Março foi muito chuvoso e frio. O ano passado tinha sido um ano seco, com a precipitação abaixo do normal; 2025 parece querer compensar, chovendo muito.
O aquecimento global, de que tanto se fala, acentua as chuvas, pois o ar mais quente contem mais humidade. Também o degelo no Ártico provoca em Portugal um aumento da humidade.
Parece, assim, que está afastada a seca, que tanto afligiu os portugueses em anos anteriores. A forte chuva que caiu causou algumas inundações, mas em contrapartida deve ter preenchido de água os lençóis freáticos. Isto é importante porque Portugal já foi considerado o país da Europa com maiores níveis de extração de água subterrânea.
A muita chuva deste ano não deve levar ao esquecimento de que Portugal tem um problema estrutural de falta de água em algumas regiões. Por isso os citadinos, como eu, devem aceitar como positivo o “bónus” do excesso de chuva nos primeiros meses de 2025.
Francisco