14 mai, 2025
Não se mostram famosas as perspetivas de um acordo de cessar-fogo entre a Rússia e a Ucrânia. Trump reconhece isto, mas manifesta as suas esperanças numa negociação que leve ao fim da guerra na Ucrânia.
Foi a Rússia que agrediu a Ucrânia, invadindo-a há três anos. E não parece fazer sentido a exigência de Putin de primeiro negociar as causas do conflito e só depois falar de um cessar-fogo.
Acontece que a Rússia de Putin mantem hoje as suas exigências maximalistas à Ucrânia, que as tem sempre rejeitado. Exigências como reconhecer que a Rússia ficará com as áreas da Ucrânia que os militares russos conquistaram no território ucraniano; ou desmilitarizar a Ucrânia; ou, ainda, proibir o acesso deste país à NATO.
Claro que Putin quer a capitulação da Ucrânia, disfarçada por um acordo “leonino” com os ucranianos, que deveriam aceitar a situação militar atual. Mas Putin quer simultaneamente permanecer nas boas graças de Trump; e este põe-se a jeito, continuando a falar bem de Putin.
No meio disto tudo o presidente da Ucrânia, Zelensky, tem resistido a todas as pressões, incluindo as vindas de Trump, o que já lhe trouxe situações desagradáveis, como ter sido expulso da Casa Branca.
O semanário The Economist não acredita que Putin deseje realmente a paz. E lamenta que a Europa não se tenha preparado para defender a Ucrânia e os europeus do imperialismo russo. Mas o Economist acredita que a Europa tem a riqueza e o poder industrial para encontrar uma solução com o sucessor de Putin.