Francisco Sarsfield Cabral
Opinião de Francisco Sarsfield Cabral
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​A fome e os soldados israelitas matam em Gaza

19 mai, 2025 • Opinião de Francisco Sarsfield Cabral


Israel não considera os palestinianos pessoas humanas. Por isso a fome e as forças armadas israelitas matam palestinianos. Os países europeus assistem ao massacre sem reagir.

A violência mortífera dos ataques de Israel em Gaza e também na Cisjordânia não pode surpreender ninguém. Há dias em que os militares israelitas matam mais de uma centena de palestinianos em Gaza.

Israel dirá que não visa os palestinianos, mas que os terroristas do Hamas se escondem atrás dos civis palestinianos. Então, se um criminoso, fugindo à polícia, se rodear de civis inocentes, os seus perseguidores teriam autorização para disparar matando vários civis para capturarem o criminoso.

As polícias dos países democráticos não o fariam, claro. Mas Israel não considera os palestinianos pessoas humanas. Os políticos israelitas dizem que eles são “animais humanos”, cujos prisioneiros deveriam ser todos mortos com tiros na cabeça.

Os judeus foram vítimas do terror nazi, que os considerava sub-humanos. Agora Israel vinga-se, considerando os palestinianos uma raça inferior, que deve ser eliminada, se não da terra, pelo menos de Gaza e da Cisjordânia.

Não é só a tiro e à bomba que se eliminam palestinianos. Israel não deixa entrar em Gaza ajuda humanitária. “Há muita gente a morrer de fome em Gaza”, reconheceu Trump, presidente dos EUA. A ONU alertou para quase meio milhão de pessoas que se encontram ali numa situação catastrófica de fome.

Não vale a pena ter ilusões quanto ao que o governo israelita de extrema direita pretende: expulsar os palestinianos de Gaza e eliminar muitos deles. Perante o óbvio, a maioria dos países europeus, incluindo Portugal, finge que o atual poder político israelita é um governo normal e que Israel apenas se defende dos seus mortais inimigos.

Não é uma situação aceitável num governo que se diz democrático.

Comentários
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  • Lourenço de Almeida
    22 mai, 2025 Luanda 23:49
    É engano meu ou os habitantes de Gaza puseram o Hamas no poder e assassinaram os palestinianos da Fatah? É engano meus ou muitos muçulmanos de Gaza trabalhavam em Israel sendo impensável algum judeu trabalhar em Gaza, onde de resto, só trabalham os terroristas e o resto vive à conta do dinheiro daqueles que eles odeiam? E já agora, não o preocupam os reféns?! Só os muçulmanos é que sofrem ou é o senhor que sofre de antisemitismo primário e considera as vidas judias menos importantes qye as muçulmanas?! É que em Israel vivem com plenos direitos 2 milhões de israelitas arabes e muçulmanos (aquilo a que os burros designa por "palestinianos"). Quantos judeus vivem nos paises árabes?! Lamento muitonque a Radio Renascença dê voz a tais disparares em vez de dalar nos cristãos que são perseguidos no mundo islâmico, dos judeus que desde há milhares de anos colaboram connosco no desenvolvime to da nossa civilização comum que o Islão nasceu para rebentar, conforme fez quando pôde e por causa de quem pensa e diz estas coisas, está mais perto de conseguir do que em qialquer altura depois de 1683!
  • António Dias
    20 mai, 2025 Porto 20:41
    Não poderia ver bem no mal naturalmente, só que parto de um princípio diferente, todos têm razão. É mais fácil afirmar que as razões são mais validas de um lado que do outro mas não podemos omitir as que menos valorizamos, existem e são válidas. Esta guerra é feita como resposta a uma necessidade imposta, não foi desejada, é imposta. Esse povo que desconsidera e ofende decidiu sobreviver, dar resposta às necessidades mas salvaguardar com maááxima prioridade a vida de cada um desses jovens que são levados a defender a pátria. Sei que não compreende o conceito porque foi criado num continente em que esse conceito não existe, mas ali, como em outros locais é assim.