04 jun, 2025
Na madrugada de segunda-feira, 2, soube-se que Karol Nawrocki tinha sido eleito presidente da Polónia por uma diferença mínima de votos. É assim de prever que o governo polaco do primeiro ministro Donald Tusk continue a ver bloqueadas várias medidas que o anterior presidente vetara. Tusk anunciou ir apresentar uma moção de confiança.
É pena, porque a economia da Polónia tem evoluído de maneira notável. O primeiro ministro Tusk não dispõe no parlamento dos votos necessários para ultrapassar os vetos presidenciais.
Desde 1995 o rendimento por cabeça dos polacos mais do que triplicou, que por isso deixaram de emigrar. A economia polaca cresceu cerca de 4% ao ano desde aquela data.
O crescimento económico polaco permitiu ao país dedicar à defesa mais de 4% do PIB. A Polónia dispõe hoje das terceiras maiores forças armadas da NATO e prepara-se para gastar em defesa no próximo ano cerca de 5% do PIB. A Polónia tem uma longa fronteira com a Rússia e na sua história foi duas vezes invadida por forças estrangeiras.
Enquanto a ajuda americana à Ucrânia enfraquece, a Polónia mostra-se um decidido apoiante dos ucranianos, ao contrário de países como a Hungria ou a Eslováquia.
Veremos até que ponto um presidente de extrema direita, tal como o anterior, irá limitar a afirmação económica e política da Polónia no quadro internacional.