13 jun, 2025
A paz entre a Rússia e a Ucrânia está mais longe. A Rússia tem aumentado a ferocidade dos seus ataques às cidades da Ucrânia. Por sua vez, os ucranianos lograram destruir alvos russos a longa distância, como aviões a jato e bombardeiros a 4 mil quilómetros no interior da Rússia, ou uma ponte ligando a Crimeia ao território russo. Consta que aquela brilhante operação militar, que levantou o moral das tropas ucranianas, levou um ano e meio a planear, em rigoroso segredo que a espionagem russa não conseguiu descobrir.
A Rússia continua a fazer exigências à Ucrânia para avançar com um cessar fogo. Exigências que a Ucrânia não pode aceitar, uma vez que tal seria uma confissão de derrota. As promessas de Trump de que acabaria com esta guerra em 24 horas e os seus sucessivos elogios a Putin não resultaram em passos positivos no sentido da paz. Pelo menos foi possível trocar prisioneiros, nomeadamente soldados jovens e também soldados doentes.
Quem está a levar a sério a trágica situação na guerra entre a Rússia e a Ucrânia é o novo governo da Alemanha. Neste país ainda subsistem alguns abrigos do tempo da II guerra mundial, mas o governo do chanceler federal (primeiro-ministro) Friedrich Merz entendeu não serem suficientes na eventualidade de uma agressão russa e decidiu multiplicar abrigos modernos para acolher civis em caso de ataque.
Por outro lado, a Alemanha montou uma brigada de blindados que enviou para a Lituânia. É a primeira vez desde a II guerra mundial que a Alemanha desloca para fora do seu território forças armadas permanentes.
Tendo eliminado uma norma constitucional que impunha um travão na despesa pública, os alemães preparam-se para que o seu Bundesweher seja o mais poderoso exército da Europa. Para já, a Alemanha ultrapassou os 2% do seu PIB com despesas no sector da defesa.