16 jun, 2025
O ataque israelita ao Irão desencadeou a guerra mais violenta no Médio Oriente dos últimos 40 anos. A reação do Irão – sucessivas vagas de mísseis e “drones” sobre o território de Israel – fez mortos e feridos. No passado mês de outubro a aviação israelita já tinha destruído boa parte das capacidades antiaéreas do Irão.
A grande ambição do chefe do governo israelita, Netanyahu, era liquidar pela força qualquer possibilidade de um ataque nuclear iraniano. Agora terá conseguido adiar esse possível ataque. E Netanyahu poderá argumentar que uma bandeira do Irão é eliminar Israel.
Israel costuma vangloriar-se de ser a única democracia no Médio Oriente, onde abundam as autocracias. Mas a atuação israelita, em Gaza nomeadamente, nada tem tido de democrática. Por isso vários países europeus marcaram distância em relação a Israel.
Netanyahu cada vez depende mais de forças extremistas não democráticas. Graças à guerra, reforçou a sua posição de primeiro ministro.
A teocracia vigente no Irão é detestável. Netanyahu apelou aos iranianos para derrubarem o regime dos ayatollahs. Mas este regime está assente numa forte repressão dos iranianos.
Em suma, esta guerra no Médio Oriente nada contribui para uma evolução democrática naquela região. Como o Irão é um grande produtor de petróleo, o preço do barril subiu perto de 15%.