Francisco Sarsfield Cabral
Opinião de Francisco Sarsfield Cabral
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​Guerra no Médio-Oriente

16 jun, 2025 • Opinião de Francisco Sarsfield Cabral


Esta guerra no Médio Oriente nada contribui para uma evolução democrática naquela região. Como o Irão é um grande produtor de petróleo, o preço do barril subiu.

O ataque israelita ao Irão desencadeou a guerra mais violenta no Médio Oriente dos últimos 40 anos. A reação do Irão – sucessivas vagas de mísseis e “drones” sobre o território de Israel – fez mortos e feridos. No passado mês de outubro a aviação israelita já tinha destruído boa parte das capacidades antiaéreas do Irão.

A grande ambição do chefe do governo israelita, Netanyahu, era liquidar pela força qualquer possibilidade de um ataque nuclear iraniano. Agora terá conseguido adiar esse possível ataque. E Netanyahu poderá argumentar que uma bandeira do Irão é eliminar Israel.

Israel costuma vangloriar-se de ser a única democracia no Médio Oriente, onde abundam as autocracias. Mas a atuação israelita, em Gaza nomeadamente, nada tem tido de democrática. Por isso vários países europeus marcaram distância em relação a Israel.

Netanyahu cada vez depende mais de forças extremistas não democráticas. Graças à guerra, reforçou a sua posição de primeiro ministro.

A teocracia vigente no Irão é detestável. Netanyahu apelou aos iranianos para derrubarem o regime dos ayatollahs. Mas este regime está assente numa forte repressão dos iranianos.

Em suma, esta guerra no Médio Oriente nada contribui para uma evolução democrática naquela região. Como o Irão é um grande produtor de petróleo, o preço do barril subiu perto de 15%.

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