22 set, 2025
Pela segunda vez, Trump visitou a Grã-Bretanha. Foi ali recebido como um rei. O rei verdadeiro, Carlos III, fez questão em cumular Trump de gentilezas e gestos simpáticos. Minimizou, assim, os efeitos psicológicos negativos das manifestações de protesto contra Trump, que ocorreram durante esta sua segunda visita.
O presidente Trump é hoje impopular nos EUA e fora do país, o que o torna mais sensível a ser bem recebido. No início do seu segundo mandato presidencial, Trump prometeu que os rendimentos dos americanos iriam subir em flecha e que a inflação desapareceria completamente, os empregos iriam multiplicar-se e a classe média gozaria de uma prosperidade como nunca antes se vira.
Ora as coisas não têm corrido como o presidente previu. Agora até a maneira como Trump trata a imigração – um tópico importante da sua campanha eleitoral – suscita reservas da parte dos americanos.
A popularidade de Trump começou a cair depois da sua declaração de guerra comercial (as tarifas...) e do desagrado por isso causado aos investidores na economia dos EUA. Atualmente a aprovação de Trump, em termos líquidos, situa-se em 17% negativos e tende a cair mais. 56% desaprovam a presidência de Trump e apenas 39% dos inquiridos a aprovam.
Numa conferência de imprensa com o primeiro ministro britânico Trump reconheceu que “há coisas que acontecem que são muito diferentes do que pensávamos”. E confessou que pensava ser fácil de alcançar a paz entre a Rússia e a Ucrânia “por causa do meu relacionamento com Putin”.
Ou seja, Putin foi simpático com Trump nos vários encontros que tiveram. E levou o presidente dos EUA a iludir-se sobre as reais intenções do líder russo. Que isto sirva de lição a Trump.