17 out, 2025
Tudo indica que Trump pretende agora trabalhar para a paz na Ucrânia. Mas não parece que o atual presidente dos EUA tenha abandonado anteriores complexos que o inibiram de desagradar à Rússia, o país agressor.
Os russos, pelo contrário, não mostram quaisquer complexos e têm intensificado os violentos ataques a infraestruturas energéticas ucranianas, em resposta às tentativas do lado de Trump de pacificar a Ucrânia.
No seu encontro com Putin no Alasca em 15 de Agosto passado Trump desfez-se em amabilidades, mas nada de substantivo obteve do líder russo. Por isso Trump mostrou-se depois desiludido com Putin.
Agora Trump vai encontrar-se com o presidente da Ucrânia. Anteriores encontros destes serviram a Trump para pressionar Zelensky a fazer concessões... aos agressores russos. Zelensky resistiu, felizmente.
Coloca-se atualmente a possibilidade de os EUA venderem aos ucranianos mísseis de longo alcance, capazes de atingirem alvos bem no interior do território russo. Isto deveria levar Trump a dizer a Putin que ou dá passos no sentido da paz ou terá de sofrer ataques por mísseis de longo alcance.
Mas não - Trump parece relutante em ameaçar a Rússia. Quer saber o que Putin pensa sobre o fornecimento de mísseis Tomahawk à Ucrânia, como se tal não fosse óbvio...
Desta forma, será impossível arrancar à Rússia quaisquer concessões que levem à paz na Ucrânia. Entretanto, a Rússia, país agressor, continua a exigir o reconhecimento das suas anexações territoriais na Ucrânia.
Francisco