16 set, 2025 • Sérgio Costa , João Malheiro
João Duque esteve a analisar os relatórios da Carris dos últimos anos e sublinha que os números disponíveis não são suficientes para comprovar se houve ou não um maior investimento nas condições de segurança e manutenção dos dispositivos.
O comentador Renascença refere que os números dos relatórios de contas de 2021 e 2024 acabam por quase "corrobar as duas versões", entre quem alerta para um desinvestimento na frota da Carris face à inflação e a própria empresa que garante que houve um aumento significativo.
O economista diz que "houve um aumento no investimento da manuteção de toda a frota de autocarros e elétricos", mas quando se olha apenas para a parte dos elétricos, "houve um aumento ligeiro da manutenção da frota e uma diminuição significativa na manutenção da infraestrutura".
Só que as métricas referem que houve aumento em vários aspetos, como renovação da linha, lubrificação ou reparação de agulhas, limpeza de canais de carril, entre outros.
"Não sei por que é que se gasta menos e se faz mais. Pode ser por mera eficiência, ou porque há equipamentos mais sofisticados. Mas isso não está explicado", aponta.
"Temos muito dados que devem ser esmiuçados. Particularmente, os lisboetas são acionistas da Carris por via indireta, por isso têm direito a saber", reitera, ainda.