João Duque n´As Três da Manhã
Terças e quintas-feiras, às 9h20, n'As Três da Manhã
A+ / A-
Arquivo
Novo governador do Banco de Portugal deve "centrar a sua ação no sistema financeiro"
Ouça a opinião de João Duque

João Duque

Novo governador do Banco de Portugal deve "centrar a sua ação no sistema financeiro"

07 out, 2025 • Sérgio Costa , João Malheiro


O economista refere que uma das preocupações dos banqueiros é a falta de interesse dos governadores em "cuidar bem dos intermediários que cuidam do negócio", pela "amplitude da sua visão e da sua intervenção".

João Duque diz que o novo governador do Banco de Portugal, Álvaro Santos Pereira, deve "centrar a sua ação no sistema financeiro".

O comentador da Renascença considera que, atualmente, esta área "sente-se mais frágil e orfã", porque Mário Centeno, o governador anterior, ficou mais agarrado à intervenção económica, e "menos daquilo que é a atividade na sua essência".

O economista refere que uma das preocupações dos banqueiros é a falta de interesse dos governadores em "cuidar bem dos intermediários que cuidam do negócio", pela "amplitude da sua visão e da sua intervenção".

João Duque sublinha que a missão do Banco de Portugal é "controlar a inflação e promover a estabilidade do sistema financeiro", o que quer dizer que não tem responsabilidades "para fazer intervenção na área da política económica e orçamental".

No entanto, o especialista realça que há espaço para que as preocupações coincidam com a governação, como é o caso do mercado da habitação.

"Uma parte muito significativa dos empréstimos dos bancos estão assentes em casas e que foram usadas para caucionar esses empréstimos com um determinado valor. Se houver uma hecatombe no mercado imobiliário, a desvalorização das casa põe em causa a solidez e a garantia dos créditos, o que enfraquece os bancos", explica.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.