Lhéngua Fuora
Lhéngua de Fuora
Uma viagem ao coração das Terras de Miranda — entre histórias, ditos e tradições. Esta é a rubrica da Renascença onde se aprende mirandês, uma palavra de cada vez — este mês de agosto, às terças e quintas, depois das 19h, na rádio.
A+ / A-
Arquivo
Pauliteiros ou dançadores? Descubra a dança das Terras de Miranda
Pauliteiros ou dançadores? Descubra a dança das Terras de Miranda. Ouça aqui o podcast Lhéngua de Fuora

Lhéngua de Fuora

Pauliteiros ou dançadores? Descubra a dança das Terras de Miranda

19 ago, 2025 • Lara Castro


Quando o som dos paus se junta ao da gaita de foles e do bombo, é sinal de que as ruas de Miranda do Douro vão ganhar vida, neste episódio de "Lhéngua de Fuora" bamos a Miranda a ber os Pauliteiros.

Dança de espadas, dança guerreira, dança dos trabalhadores ou dança popular? A verdade é que não há consenso entre os estudiosos sobre a verdadeira origem da “Dança dos Pauliteiros”.

Há quem diga que a tradição tem mais de dois mil anos — alguns apontam a Transilvânia como berço, outros ligam-na às danças guerreiras da Grécia Antiga.

Por cá, uma coisa é certa: os dançadores — que é como se diz pauliteiros — são um dos maiores ícones do folclore nacional e ibérico.

O grupo tem oito dançadores — quatro guias e quatro piões — acompanhados por três músicos que dão vida à gaita de foles, à caixa de guerra, ao bombo ou à flauta pastoril. A dança pode ser vista como um grande jogo de pés coordenados.

Lhaços: a palavra que dá nome aos passos

A palavra de hoje é Lhaços, que significa danças. Os pauliteiros têm cerca de cinquenta lhaços diferentes. E porquê este nome? Porque os movimentos abrem e fecham como um laço de apertar. Alguns lhaços são acompanhados por letras, na maioria em mirandês, e os paus que usam são feitos na região.

Ao fim de semana, basta dar duas voltas por Miranda do Douro e é quase certo: lá estão eles, os pauliteiros, a dançar pelas ruas da cidade. Uma escapadinha curta, mas com sabor a tradição!

Às terças e quintas, ao fim do dia, durante o mês de Agosto, põe-se a Lhéngua de Fuora para aprender mirandês, uma palavra de cada vez.


Esta é uma rúbrica Renascença em colaboração com a Associação de Língua e Cultura Mirandesa (ALCM), com produção e apresentação de Lara Castro, sonorização de Beatriz Garcia e imagem gráfica de Rodrigo Machado.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.