20 jan, 2025
Depois de uma inaceitável actuação na Choupana, de que resultou uma derrota vexante para o Futebol Clube do Porto, esperava-se que ontem, na cidade de Barcelos, a equipa comandada por Vítor Bruno rectificasse esse mau jogo com o Nacional da Madeira, e iniciasse um período de recuperação, que parecia estar ao seu alcance.
Afinal, os portistas não só voltaram a perder, como repetiram uma exibição sem qualidade, que deu origem à terceira derrota consecutiva, duas a contar para o campeonato e, antes, frente ao Sporting Clube de Portugal, para a taça da Liga.
Ficou então confirmada a crise dos dragões, cuja extensão fica agora por determinar.
Seguem-se dois desafios no seu estádio, primeiro com o Olympiacos, a contar para a Liga Europa, e depois, com o Santa Clara, uma equipa difícil, que está a protagonizar um campeonato de enorme qualidade.
É, por isso, caso para deixar a pergunta: e agora? Do que será capaz, nos próximos dias, esta equipa, que vem mostrando uma imagem de descrença, e deixado à vista o esboroamento de um grupo que tem a obrigação de fazer muito melhor do que aquilo que tem conseguido realizar, sobretudo nos últimos tempos.
Passou a estar também à vista a debilidade da posição do treinador, mas há vários jogadores que não podem ser isentados de pesadas responsabilizados.
Por outro lado, Sporting e Benfica têm aproveitado a debilidade portista e a sua quarta derrota no campeonato para seguir em frente, consolidando as suas posições na liderança, com os leões a registar quatro pontos de vantagem. Agora no terceiro lugar, os dragões agravam a sua posição, passível de acentuar o fracionamento do grupo, e um maior distanciamento nas relações com os responsáveis da prestigiada colectividade nortenha.
Na jornada que hoje termina, com o embate entre Boavista e Casa Pia, tanto o Sporting como o Benfica, angariaram resultados muito confortáveis, o primeiro em Vila do Conde, onde bateu o Rio Ave, até então invicto em casa em toda a temporada, através de uma exibição muito convincente, e os benfiquistas capazes de uma actuação muito sólida e de um resultado a condizer.
É verdade que continuamos a ter campeonato mas, em boa verdade, o FCPorto tem de arrepiar caminho e encontrar-se com a sua verdadeira dimensão, nem que seja necessário tomar medidas drásticas, envoltas em rupturas, sempre indesejáveis.