13 mai, 2025
O senhor Alfredo Silva, empresário, 56 anos de idade, viajou no passado sábado de Ourém para Lisboa, afim de, no estádio da Luz, arranjar um problema ao clube de que é adepto e provavelmente sócio, o Sport Lisboa e Benfica.
É que, findo o desafio que o seu clube disputou com o Sporting Clube de Portugal, a contar para a penúltima jornada do campeonato nacional, o referido benfiquista ousou entrar desabridamente em campo para se dirigir, em termos pouco correctos, à equipa de arbitragem que dirigiu o encontro, disputado no anfiteatro encarnado.
Todos nos recordamos do burburinho que a atitude provocou, sem que nenhum elemento da segurança presente no estádio, tenha assumido a iniciativa de tentar evitar que o irado adepto pudesse vir a agredir qualquer elemento da equipa de João Pinheiro e, sabendo que não houve agressão, imagina-se que não devem ter faltado insultos e palavrões.
Ao facto, a imprensa dos últimos dias tem dado especial relevo, adiantando que, segundo os regulamentos em vigor, o Benfica poderá vir a ser responsabilizado e punido com a interdição do seu estádio de um a três jogos.
E é aqui que começa o verdadeiro grande problema encarnado.
O adepto prevaricador já veio a público pedir perdão pelo acto tresloucado por si protagonizado no passado sábado na Luz, certamente para evitar que a justiça desportiva actue com dureza e, para que assim, o seu clube não venha a ser penalizado.
Sem interferências de qualquer espécie, cabe a esses órgãos de justiça do futebol português decidir sobre aquilo que se passou, com a certeza de que o único que está, para já, fora de qualquer castigo, é o prevaricador, adepto inconsciente, que somente poderá ter prejudicado o clube de que é adepto.
Noutro país, que não no nosso, o senhor Alfredo Silva ficaria impedido de frequentar os estádios de futebol durante muito tempo.
Mas, como se diz por aí, na gíria, “isso são outros quinhentos”.