26 mai, 2025
Correram ontem os taipais sobre uma temporada de futebol que consagrou o Sporting Clube de Portugal como duplo vencedor: ganhou primeiro o Campeonato, ontem encerrou a época com a conquista da sempre desejada Taça de Portugal.
Em ambas as vezes, o adversário dos leões vestiu de encarnado com a águia ao peito.
Os desfechos, favoráveis aos sportinguistas, poderiam também ter terminado com registos diferentes, só que os benfiquistas não foram capazes de marcar superioridade sobre um adversário que acabou por se revelar à altura de todas as circunstâncias.
Sobre o Campeonato, já escrevemos em dias anteriores o suficiente para deixar bem expressa a nossa opinião sobre como tudo aconteceu e terminou.
Ou seja, o Benfica teve os dois pássaros na mão, mas por duas vezes os deixou fugir.
Convém, no entanto, acrescentar que essa debacle encarnada também aconteceu por força do enorme mérito do vizinho da segunda circular, que termina a temporada com a taça bem cheia.
Ontem, no estádio Nacional, escreveu-se o derradeiro capítulo de um livro que fica para a história.
Águias e leões, de novo, com protagonistas para um desafio com desfecho impossível de prever.
No cômputo geral do jogo, há que distinguir o que se passou no relvado durante os 120 minutos jogados.
Foi melhor o Benfica durante 90 minutos, mas, no prolongamento a que foi necessário recorrer, manifestou-se superior a formação de Alvalade, e nesse período acabou por ter o prémio pelo qual tanto ansiava.
Prémio para uma equipa coesa e muito determinada ao longo de meses, prémio igualmente para um treinador (Rui Borges), lamentavelmente desdenhado por muitos, prémio também para Frederico Varandas e toda a equipa que comandou com sucesso.
Em situação inversa ficam Rui Costa e Bruno Lage, cujo futuro ficou agora em equação e dependente de factos que nos vão ser proporcionados dentro de pouco tempo.
As eleições no Benfica, em princípio aprazadas para Outubro próximo, serão determinantes para tudo quanto iremos assistir.