30 mai, 2025
Desta vez, a Taça de Portugal não foi jogada em apenas uma tarde soalheira no Estádio Nacional entre os dois maiores clubes da capital.
O jogo, vivamente disputado, vai para uma semana, continua a perdurar na discussão pública e, pelos vistos, assim continuará a ser durante mais alguns dias.
Ganhou o Sporting como poderia ter vencido o Benfica.
Os encarnados dominaram e comandaram o desafio durante noventa minutos, adiantou-se no marcador mas, a sua competência cessou quando o terrível Gyokeres encetou uma louca corrida em direcção à área da águia, e provocou uma grande penalidade que viria a mudar a face e a história do jogo.
Dividem-se as opiniões, salientando uns a justiça do desfecho da festa, enquanto outros apontam em sentido contrário, fazendo valer argumentos favoráveis à superioridade do Benfica, que deveria ter sido premiada com a conquista do sempre cobiçado troféu, sendo a arbitragem também um dos alvos especiais da controvérsia.
Porém, a principal questão centra-se no que são os momentos actuais dos dois clubes em presença, mais favoráveis aos leões que, poucos dias, antes já haviam conquistado o campeonato, com as consequências inerentes, a principal das quais tem a ver com a próxima participação na Liga dos Campeões Europeus.
O Benfica, para além do saldo negativo acumulado por uma temporada onde apenas logrou ganhar a taça da Liga, tem pela frente um outro assunto, que também pode alterar a tranquilidade que o defeso deveria proporcionar.
Trata-se das próximas eleições, em principio previstas para Outubro, susceptíveis de alterar a fisionomia do clube da águia, com implicações nos tempos que se lhe seguirão.
Para já, deverá recordar-se o acto injustificado e lamentável de Matheus Reis, que já levou, inclusive, à intervenção Ministério Público, e prossegue em debate em tudo quanto é programa desportivo, aguardando-se agora pela decisão dos órgãos de justiça do futebol, que se espera venha a ser tão severa quanto o acto em si justifica.
Depois, mais uns dias, e o termómetro vai baixar.
Vem aí o Mundial de Clubes, alguns jogos de selecções e, quase sem interrupção, a próxima temporada com um super-carregado calendário, tanto a nível nacional como internacional, e isso bastará para que as atenções passem a apontar noutro sentido.