06 jun, 2025
Do espectacular desafio de ontem realizado em Estugarda, -a outra meia-final da Liga das Nações-, sobraram ideias e números que a história vai continuar a contar aos vindouros.
Não é todos os dias que se assiste a um embate tão forte, que produza nove golos, com a Espanha e a França empenhadas até ao fim em assegurar a final da competição, a realizar no próximo domingo, e na qual a selecção lusa vai poder desempenhar papel importante.
Venceu justamente a Espanha por 5-4, sem necessidade de recorrer a prolongamento, nunca tendo estado em dúvida a possibilidade de garantir a vitória.
Porém, olhando para os números que sobram do jogo, os franceses acabaram por sair curiosamente na frente: mais posse de bola, maior número de remates enquadrados, mais pontapés de canto, mais duelos individuais ganhos, o que significa que as estatísticas muitas vezes dizem nada.
Foi um jogo soberbo aquele a que se assistiu na Alemanha.
A Espanha começou cedo a fortalecer a ideia de que sairia vencedor, mercê de exibições magistrais de vários dos seus jovens jogadores, com Yamine Amal à frente de todos os companheiros.
Chegou facilmente a 5-1, mas a dez minutos do apito final, os franceses ressuscitaram e lograram marcar três golos, sem que, no entanto, pudesse pairar a ideia segundo a qual os nossos vizinhos poderiam deixar fugir a vitória final.
Foi uma noite de sonho, durante a qual pudemos assistir a um jogo intenso e de enorme qualidade, que ficou igualmente como um aviso para a selecção portuguesa, com a garantia de que vai ter pela frente, no domingo, em Munique, um adversário que lhe causará enormes dificuldades.
Roberto Martinez não poderá, por isso, ter dúvidas, primeiro quanto ao onze com que vai começar o jogo no Arena Park, depois relativamente à estratégia que vai implementar, para que não aconteça aos portugueses o mesmo por que passaram ontem os gauleses.
A Espanha, actual campeã da Europa é, hoje, uma das maiores potências do futebol mundial, pelo que tudo fará para chegar à segunda vitória na Liga das Nações, cuja primeira edição foi ganha por Portugal em 2019.