15 out, 2025
Em Alvalade aconteceu ontem à noite um resultado de que ninguém estava à espera:
Portugal cedeu um inesperado empate frente à voluntariosa selecção da Hungria, num jogo em que poderia ter chegado, até, a um resultado positivo bem mais positivo.
Depois de estar a vencer até à beira do fim, a selecção de Roberto Martinez acabou por ceder um golo em circunstâncias pouco aceitáveis para uma equipa com a qualidade da nossa.
Mesmo não ganhando, a selecção nacional lusa tem o apuramento para o mundial à beira da mão. Faltam-lhe dois desafios, em 13 de Novembro, com a República da Irlanda, e três dias depois com a Arménia, no estádio do Dragão, na cidade do Porto, o que significa que o resto do percurso pode tornar-se fácil, se a nossa equipa estiver ao nível daquilo que se lhe exige.
Do desafio de ontem ficam, no entanto, algumas lições que têm a ver, sobretudo, com algumas opções do nosso seleccionador, desde logo a partir da formação inicial.
Por exemplo, não se entende a ausência no onze inicial de Trincão, um jogador que poucos dias antes contribuiu decisivamente para a vitória alcançada sobre os irlandeses.
Do mesmo modo, é difícil perceber a manutenção em campo de jogadores que deixam à vista algum cansaço físico, como são os casos de Bruno Fernandes e Bernardo Silva, bem como algumas substituições, algumas das quais erradas, e fora de tempo.
A festa do apuramento estava aprazada para o Estádio Alvalade, mas, a partir do jogo de ontem, fica agora a expectativa centrada no jogo com a Irlanda, em Dublin, no próximo mês de Novembro.
Faltam palavras para Cristiano Ronaldo, o mais veterano jogador que, aos quarenta anos, continua a ser o grande dinamizador da selecção, ao serviço da qual marcou ontem mais golos, batendo assim o record de melhor marcador europeu de sempre, em fases de apuramento para um campeonato do mundo.