No julgamento do caso BES, o antigo primeiro-ministro recorda duas reuniões que teve com Ricardo Salgado e dois outros administradores do BES, quando foi pedido um financiamento de dois mil milhões de euros através da Caixa Geral e Depósitos para o GES. Pedro Passos Coelho diz que o pedido não tinha "viabilidade" e "não fazia sentido que o risco do GES fosse imputado para a CGD".
Antigo primeiro ministro chegou ao Campus da Justiça à hora marcada, sem advogado e sem responder a perguntas sobre presidenciais, mas foi surpreendido pela greve e já não será ouvido esta terça-feira.
Na fase de instrução deste caso, Passos Coelho explicou que o então banqueiro Ricardo Salgado estava “desesperado” quando reuniu com ele, em maio de 2014.
O processo conta atualmente com 18 arguidos, incluindo o antigo presidente do BES, Ricardo Salgado, de 80 anos e diagnosticado com a doença de Alzheimer.
Coletivo de juízes queria que os trabalhos fossem mais céleres, mas as testemunhas têm demorado mais tempo a prestar esclarecimentos do que estava previsto.
Até março do próximo ano, o ex-presidente do Grupo Espírito Santo pode ver cair mais nove crimes. Prescreveu também dois crimes pelos quais estavam acusados Amílcar Morais Pires e Francisco Machado da Cruz.
Tribunal Europeu dos Direitos Humanos “decidiu, por unanimidade, que não houve violação” dos artigos que dizem respeito ao direito a um processo equitativo e à presunção de inocência, prevista da Convenção Europeia dos Direitos Humanos.
Coletivo de juízes do julgamento BES/GES considera que figura do curador não podia “substituir-se ao arguido” e nega provimento a pedido feito por dois assistentes do caso.