29 nov, 2022 - 12:10 • Eduardo Soares da Silva
Fernando Santos "pode e deve" poupar alguns jogadores frente à Coreia do Sul, na última jornada da fase de grupos, a pensar nos oitavos de final do Campeonato do Mundo.
José Nuno Azevedo, comentador da Renascença, acredita que seria a melhor opção para a seleção nacional, pensando numa participação longa de Portugal no Campeonato do Mundo: "Terá de fazer essa gestão porque os tempos de recuperação são curtos e perspetivamos coisas muito boas para Portugal. Por isso, a gestão tem de ser feita", acredita.
O antigo jogador e atual treinador dá os exemplos de Pepe, de 39 anos e de regresso de uma lesão, Cristiano Ronaldo, de 37 anos, e até João Cancelo.
"Acho que poderá e deverá fazer essa gestão, mas não sei se é a perspetiva do selecionador: Pepe, Ronaldo, Cancelo, eventualmente também o lateral-esquerdo, em função da lesão de Nuno Mendes. Há uma série de jogadores que poderão ser geridos da melhor forma", diz.
Mundial 2022
José Peseiro, Nuno Presume, João Aroso, Bruno Pinh(...)
A seleção arrancou hoje a preparação para a Coreia do Sul apenas com 12 jogadores no relvado: Rui Patrício, José Sá, Diogo Dalot, António Silva, João Palhinha, Vitinha, João Mário, Matheus Nunes, André Silva, Rafael Leão, Ricardo Horta e Gonçalo Ramos.
Desta lista, ainda nenhum ainda foi titular neste Mundial, mas alguns poderão jogar frente à Coreia do Sul, no onze inicial ou a entrar em campo como suplentes utilizados.
"Não acredito em gestão no guarda-redes, mas acho que poderá dar possibilidade a todos os de campo fazerem a sua participação, seja a titulares como por exemplo António Silva e Diogo Dalot, ou a sair do banco", perspetiva.
Há oito jogadores ainda sem qualquer minuto neste Mundial: os guarda-redes Rui Patrício e José Sá, os defesas Diogo Dalot e António Silva, o médio Vitinha e os avançados Ricardo Horta e André Silva.
Qualificação à segunda jornada poderá dar espaço para Fernando Santos "dar um conforto coletivo a esses jogadores" sem minutos, acredita José Nuno Azevedo.
As duas lesões na defesa - Nuno Mendes e Danilo Pereira - devem inspirar ainda mais cuidado na gestão dos jogadores aptos nessas posição, para evitar lesões que desfalquem ainda mais o setor defensivo.
"Tudo depende da condição real dos jogadores, que não são todos iguais. Alguns têm maior capacidade de recuperação e terão menos necessidade de gestão. É preciso olhar para as posições mais deficitárias em relação às lesões, recordando Danilo e Nuno Mendes. É preciso olhar para isso para termos o maior número de jogadores disponíveis e em condições para os oitavos de final", explica.
Danilo Pereira sofreu uma fratura em três costelas, é baixa confirmada para a Coreia do Sul, e poderá não voltar a jogar no Mundial. Nuno Mendes saiu lesionado frente ao Uruguai e ainda não há previsão de paragem. Já Otávio, que foi titular frente ao Gana, sofreu pequeno problema muscular que poderá ser curado a tempo do último jogo da fase de grupos.
Independentemente do onze inicial escolhido e das opções ao longo do jogo, José Nuno Azevedo acredita que Portugal tem condições de vencer a Coreia do Sul e só deve entrar em campo com esse objetivo.
"Acredito que possa haver gestão, sem que estejamos a hipotecar a possibilidade do primeiro lugar. Seja qual for a equipa, terá qualidade para vencer a Coreia. Portugal tem de ter a ambição de jogar para vencer, seja qual for o onze", termina.
A seleção nacional já garantiu apuramento para os oitavos de final e precisa apenas de um empate com a Coreia do Sul para fechar o grupo no primeiro lugar. O jogo arranca às 15h00 da próxima sexta-feira, com relato na Renascença e acompanhamento, ao minuto, em rr.sapo.pt.