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Futebol Internacional

Magia, um beijo e críticas à bola. Neymar já jogou mais em oito dias no Santos que em seis meses com Jorge Jesus

13 fev, 2025 - 15:15 • Inês Braga Sampaio

O internacional brasileiro, de 33 anos, não estava pronto para competir regularmente, segundo o treinador português, no entanto, já espalha magia no regresso a casa. Ainda assim, não foi suficiente para o Santos vencer o clássico com o Corinthians.

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Neymar está de volta. Ao futebol, ao Santos, às fintas e às picardias. E além das balizas e dos túneis aos adversários, tem um novo alvo: a bola do Paulistão.

"Com todo o respeito à Penalty, que é a patrocinadora, têm de melhorar a bola. No outro dia, o [treinador do Flamengo] Luís Filipe falou e eu concordo com ele. Essa bola é muito ruim. Tem de melhorar um pouco mais", argumentou o avançado, de 33 anos, em declarações ao "Record", do Brasil, na madrugada desta quinta-feira, depois da derrota do Santos perante o Corinthians, por 2-1, na nona jornada do Campeonato Paulista.

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Importa referir que o capitão da seleção brasileira e do Santos não está só. O guarda-redes do Corinthians, Hugo Souza, reforçou as críticas de Neymar à bola utilizada na prova: "É horrível. Desculpem a expressão, mas é horrível."

A bola até podia deixar a desejar, mas isso não impediu o "menino da Vila", agora um veterano, de fazer as delícias dos adeptos com a sua qualidade técnica.

Também já mostrou o seu lado provocador: substituído na segunda parte, Neymar foi assobiado pelos adeptos rivais e respondeu com um beijo para a bancada.

Neymar já jogou mais em oito dias no Santos de Pedro Caixinha que em seis meses no Al-Hilal, da Arábia Saudita, sob o comando de Jorge Jesus, que tinha dito que o internacional brasileiro não estava fisicamente apto para competir com regularidade.

Vão três jogos no regresso ao Brasil, dois como titular, para um total de 188 minutos. No Al Hilal, durante a primeira metade da época 2024/25, Neymar foi suplente nas duas partidas que disputou e totalizou 42 minutos.

Em janeiro, Jorge Jesus afirmou que Neymar tinha "alguma dificuldade em poder recuperar em competição", depois de mais de um ano parado por lesão.

"Se ele não está a jogar tanto, tem mais dificuldade. E ele sabe isso perfeitamente. Eu também estou em uma situação em que não posso inscrever mais jogadores, tenho que tirar alguém. E neste momento, no dia de hoje, tirar um jogador dos oito estrangeiros que o Al-Hilal tem é difícil de fazer", disse.

Neymar acabaria por ficar fora dos inscritos de Jesus no campeonato, o que levou à decisão de deixar o Al-Hilal e procurar nova aventura, de modo a voltar à melhor forma e sonhar com a presença no Mundial 2026. A escolha foi o Santos, o clube que o lançou, quando tinha apenas 17 anos, no futebol profissional, e que deixara há 12 anos para representar o Barcelona, por 88 milhões de euros.

Logo após o primeiro jogo com a nova, e antiga, equipa, o avançado respondeu a Jesus: "Quando ele falou isso, eu sabia que ia dar uma resposta quando entrasse em campo. O campo fala, é o único lugar onde me consigo defender."

Com o "10" de Pelé às costas – número que não chegou a vestir na primeira passagem pela Vila Belmiro –, Neymar tentará ajudar a reerguer um Santos que volta este ano à elite do futebol brasileiro, depois de uma temporada na Série B, em que o "Peixe" teve de reconquistar o seu lugar na primeira divisão.

Neymar traz a magia, mas ainda não conseguiu traduzir isso em números, nem em vitórias para o Santos. Nos três jogos em que entrou, a equipa empatou dois e perdeu um (o clássico com o Corinthians desta quinta-feira, precisamente, em que a estrela foi Yuri Alberto, que bisou pelo "Timão", contra um golo de Guilherme).

Ao fim de nove jornadas do Paulistão, o Santos está no terceiro lugar do grupo B - só os dois primeiros seguem em frente -, com nove pontos, menos dois que Guarani e Portuguesa. Neymar deu o mote após o jogo: "Temos três jogos, três finais."

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