01 ago, 2024 - 16:35 • João Carlos Malta
O selecionador nacional de natação, Alberto Silva, ou Albertinho como é mais conhecido no mundo da modalidade, concedeu à Renascença uma entrevista depois de Diogo Ribeiro ter concluido a primeira prova nos Jogos Olímpicos e antes de competir, na manhã desta quinta-feira, nas eliminatórias dos 50 metros livres, em que conquistou o acesso às meias-finais, que se disputam esta tarde.
Albertinho fala de desilusão depois da primeira prova, mas mantém o foco no que aí vem e mantém-se otimista em relação à possibilidade de, nas duas oportunidades que faltam, o atleta de 19 anos possa alcançar uma final.
Se algo correr mal, o selecionador nacional diz que a culpa não será de Diogo Ribeiro, mas do treino e do planeamento para a prova. E acredita que se o bicampeão do Mundo acreditar "no processo", as finais e as medalhas olimpicas podem acontecer. Talvez não ainda em Paris.
Mas uma coisa é certa: Albertinho não quer desculpas e diz ser um disparate dizer que ele é "muito novo" e "não está preparado" para uns Jogos Olímpicos. Se falhar, as razões são outras.
Depois da primeira prova do Diogo, como é que ele está a reagir ao resultado? E como é que encara as duas provas que faltam?
Preparámo-nos para vir aqui e para o resultado ser bom. Viemos buscar o melhor resultado dele e o plano continua. Falhámos na primeira tentativa, não correu bem, foi uma prova ruim.
O que aconteceu?
Olhando a prova, eu achei que ele estava a nadar bem, mas depois, analisando, falando com ele, vendo o tempo, principalmente o tempo da volta (últimos 50 metros), foi uma prova aquém do que é o normal dele.
O Diogo nadou para 48’88, sendo que o melhor resultado dele é de 47’9, o que daria uma qualificação para as meias-finais com o quinto melhor tempo....
Daria para ele a final olímpica. São oportunidades. Ele teve oportunidade em Doha [no Qatar] e sagrou-se bicampeão mundial. Teve oportunidade, estava preparado e concretizou. E não é fácil para um garoto de 19 anos chegar a um Campeonato do Mundo e concretizar.
"Falhámos na primeira tentativa, não correu bem, foi uma prova ruim"
Aqui ele tem uma oportunidade, assim como os outros atletas de outros países que também se preparam. Na tentativa para os 100 livres, olhando depois, passar à meia-finais e à final, não era uma coisa fora de alcance, pelo contrário, era muito dentro do escopo de onde ele podia chegar.
🏊 ENORME Diogo Ribeiro 👏
— Eurosport Portugal (@EurosportTV_Por) August 1, 2024
🇵🇹 O nadador português em estreia em Jogos Olimpícos, venceu a sua série nos 50m livres e garante um lugar nas Meias-Finais a partir das 19h40, para ver no Eurosport 1 🙌
🇵🇹 Miguel Nascimento também a participar nos 50m livres fica na 36ª posição pic.twitter.com/joom1uPmNo
Até pelo histórico dele. É um atleta que sempre nada no seu melhor ou muito próximo da sua melhor marca em todas as grandes competições. Mas faz parte, não é? É parte do processo, inclusive de amadurecimento para ser um nadador mais completo no futuro. Ele só tem 19 anos.
Mas como vê o que aconteceu, como é que o enquadra? É um falhanço ou é algo que o vai tornar mais forte?
Não sei. Falhámos, não por vontade nossa. Ele estava com personalidade, estava motivado, está treinado, foi lá para fazer o melhor, não fez. É, às vezes, a gente fica querendo descobrir... Mas é aqui? Fez muita força aqui e depois aí faltou ali?
A gente pode achar várias coisas, não podemos ter a certeza de nenhuma, e isso acontece em qualquer situação. Então esse tipo de análise, não consigo fazer para você, nem para mim. Eu gostaria de olhar um atleta meu nadando e falar "olha foi aqui..." A não ser que falhe numa viragem, num salto.
Jogos Olímpicos de Paris 2024
Já Miguel Nascimento fica pelo caminho, na mesma p(...)
Um atleta que eu treinei estava na mesma série [dos 100 livres] do Diogo, o Marcelo Chierighini. Vê-se a foto da entrada na água, ele entrou com os braços abertos, consequentemente, já ficou muito para trás, já se desconcentrou. Isso quebrou a prova dele. Se você vê uma falha dessas, é fácil apontar.
Já quando se vê o atleta com uma qualidade boa, buscando a prova... O Diogo saiu passando a dois centésimos do primeiro, uma passagem [aos 50 metros] que é normal para ele, que é absolutamente normal.
O normal então seria também um grande resultado....
Esperava que ele voltasse e fizesse a segunda parte da prova ao mesmo nível, e desse ali um 48 [segundos] baixo. Seria suficiente para ele passar. Ele relatou para mim que fez força demais na viragem.
Ele, na viragem, não entrou com o braço com que vira mais forte, então não empurrou tão forte a parede [quanto seria desejável]. Teve que fazer um pouco mais de força a sair da água, para os últimos 50 metros, e cansou-se um pouco mais no final.
Esperava que ele voltasse e fizesse a segunda parte da prova ao mesmo nível, e desse ali um 48 [segundos] baixo. Seria suficiente para ele passar.
É isso? Não sei, isso é o que a gente olha e relata. É exatamente isso? Não temos condições de dizer. Vou olhar na próxima prova. Talvez olhando todas as provas, quando acabar a competição, eu tenha uma ideia melhor. Faz parte do processo. Não ter corrido bem não quer dizer que seja uma falha do Diogo, pode ser uma falha do planeamento e do treino.
Explique melhor...
Até agora essa dupla, o Diogo e o planeamento do treino, tem corrido bem. Nessa prova, especificamente, não correu. Paciência.
O que eu vejo é que ele está com a cabeça boa, motivado para a prova, terminou, olhou, viu, conversámos, tentámos entender o que foi bom, e o que não foi tão bom. E estamos apontados para a próxima. Às vezes, acho que as pessoas colocam muita teoria e muita coisa. Não tem muita teoria.
Não tem receio de que esta prova de alguma forma o perturbe para as duas que faltam e o bloqueie?
Digamos que eu tenho receio, o que é que a gente faz? Nada. Digamos que eu tenho esse receio que você falou, o que faremos então?
"Há muita gente que vai falar que o Diogo é muito novo, sentiu a pressão dos Jogos Olímpicos. Sabe que eu acho disso? É uma tremenda besteira."
Nada. Já aconteceu, ele chegar antes da prova que venceu e onde fez o melhor tempo da vida dele e falou para mim: “Estou muito nervoso”. Foi lá e fez. Aconteceu no Mundial ele dizer: “Estou muito nervoso”. Foi lá, nadou e fez. Pronto.
Nos Jogos Olímpicos, no Campeonato do Mundo, ninguém vai lá e não está nervoso. Quem ganhou as provas até agora estavam nervosos. Falei com o Popovici, falei com a Tatiana Smith, dos 100 bruços... as pessoas estão ansiosas. Têm controlo até um certo ponto. E naquela condição têm de conseguir tirar o melhor resultado possível. Por isso é que é difícil.
Portanto, não há um padrão. Não se pode dizer que esta prova correu mal e a outra vai correr mal também...
Claro que não.
Ele pode estar nervoso e fazer uma grande prova ou pode estar muito tranquilo e não sair tão. É isso?
Sim, e inclusive, nas vezes onde ocorreu ele não se apresentar bem na primeira prova de 100 mariposa, venceu os 50 mariposa. Ele ficou fora da final nos 100 e qual foi o motivo? Não tem motivo, não tinha motivo, não conseguiu fazer a prova, ficou de fora.
E agora, em Palma de Maiorca, a mesma coisa, também nos 100 mariposa, as provas que vieram depois, a resposta dele foi sempre muito positiva. Ele sempre entrou melhor nas provas que vieram a seguir. Mas é um padrão que se não ocorrer agora, é normal.
Desculpa, eu entendo as perguntas, não são perguntas ruins, mas são perguntas que não têm muito o que responder, entendeu? Pode ser um padrão e pode não ser.
A mim pode-me confortar dizer que ele quando falhou das outras vezes, ele deu uma resposta muito boa. E se ele agora não der uma resposta muito boa? E se ele estiver mal nos 50 livres? Aí a cabeça dele vai ficar ainda pior para o 100 mariposa? Vai, mas ele ainda assim tem que ir lá e nadar os 100 mariposa e fazer o melhor dele. Esta é a profissão dele. Ele tem que se preparar...
Percebo que o desporto, e sobretudo o desporto de alta competição há muitas variáveis que não se conseguem controlar, que são imponderáveis, que acontecem no momento. Agora existem outras coisas que são padrões e era isso que estava a tentar entender...
Se ele no final não nadar bem nenhuma prova, há muita gente que vai falar que o Diogo é muito novo, sentiu a pressão dos Jogos Olímpicos. Sabe que eu acho disso? É uma tremenda besteira.
Eu estou com o Diogo aqui todos os dias, o Diogo tem maturidade para chegar aos Jogos Olímpicos, pela primeira vez, e fazer os melhores resultados dele. Se ele não fizer, eu atribuo muito mais ao treino e ao planeamento de alguma coisa que a gente não tenha cumprido bem, que não tenha planeado bem. Ele chegou aqui com uma condição, parecia que era melhor, e não é. Agora se isso também é verdade? Não sei e talvez nunca vou saber.
Em Portugal, depois de o Diogo ser bicampeão do mundo em Doha, as expectativas subiram até quase ao infinito para estes Jogos Olímpicos. Na sua ótica, que trabalha com ele todos os dias e conhece o Diogo como ninguém, essas expectativas, e dado o contexto e o nível competitivo em Paris, justificavam-se? Ele tem capacidade para ganhar uma medalha? Compreende este nível de exigência, ou ainda não?
Ainda não. Essa expectativa é de uma grande maioria que acompanha o desporto à distância e entram só no êxtase da medalha de ouro e da vitória. Não conseguem enxergar o contexto de tudo o que vem acontecendo.
Jogos Olímpicos
O jovem nadador português coloca as fichas nos 100(...)
Quando trabalhava no Brasil com dois atletas, na época houve o campeonato Pan-Americano, no Brasil, em 2007, e o Thiago Pereira ganhou várias provas, acho que foram sete ouros, se não me engano, e houve euforia com comparações com o Phelps.
"O Diogo tem maturidade para chegar aqui nos Jogos Olímpicos, pela primeira vez, e fazer os melhores resultados dele. Se ele não fizer, eu atribuo muito mais ao treino e ao planeamento"
O César Cielo ganhou duas provas, os 50 livres e os 100 livres. Só que o César, os tempos que ele fez, quando você põe em comparação, e com o que vinha adiante, que era os Jogos Olímpicos de 2008, o tempo que ele fez ali, estava muito mais perto de uma medalha do que os sete ouros do Tiago Pereira, sem lhe tirar o brilho. O Tiago foi lá, teve a oportunidade, concretizou sete ouros. Isso é muito difícil, tem que ser dado o valor.
Mas para quem entende de natação e olha para os adversários e o que ele fez, o Thiago Pereira tinha pela frente o Michael Phelps, que não estava ali, nos Jogos Olímpicos, o Ryan Lochte, que não estava ali, e o László Cseh.
Você entende a dificuldade? Ele podia até ganhar o ouro, mas a dificuldade era outra. E o César, com o tempo que ele fez, colocava-o com o primeiro tempo no ranking mundial.
E como é que isso se transporta para a realidade do Diogo?
Com o Diogo, a gente ficou muito animado porque nós sabíamos que era um Mundial em que talvez não estivesse toda a elite, por causa dos Jogos Olímpicos, e queríamos aproveitar essa oportunidade para o Diogo nadar finais e disputar medalhas, porque eu acredito que é um nadador que vai disputar finais e disputar medalhas na carreira.
Não propriamente nesta olimpíada, quer dizer, preparámos para que ele venha aqui disputar as finais e quem sabe até medalhas, mas não propriamente agora.
Se a gente olhar o tempo [de inscrição], só pelo tempo, ele tinha o 22.º tempo de entrada nos 100 livres, é o 17º no 100 mariposa.
"Queríamos aproveitar essa oportunidade para o Diogo nadar finais e disputar medalhas, porque eu acredito que na carreira dele é um nadador que vai disputar finais e disputar medalhas."
Mas estes atletas [que aqui estão], ao longo dos próximos tempos, vão começar a terminar as carreiras e o Diogo tem só 19 anos.
Então, se você compara, no contexto geral, eu diria que sim, o Diogo disputar duas finais e ganhar dois ouros nos Campeonato do Mundo, coloca o Diogo numa projeção de que é um atleta de disputar finais e disputar medalhas.
Agora tudo é um processo. Ele tem que ter os pés no chão. Tem que estar aqui e ou conquistar ou aprender e continuar em frente. O David Popovici tem a mesma idade dele. Em 2022, bateu o recorde mundial do Cielo [nos 100 livres] e quase bateu o recorde mundial do Paul Biedermann, nos 200 livres. Foi o fenómeno da natação mundial. Só que ele está num processo de maturidade, de autoconhecimento dele e do treinador, e do resto do mundo.
Em 2023, esse atleta apareceu para muita gente de forma negativa, não conseguiu nenhuma medalha em Fukuoka [Campeonato do Mundo]. Não participou em Doha [Mundial do ano seguinte]. Voltou para casa, pôs o pé no chão, voltou a treinar, focar-se no que era importante e pelo talento dele, maturidade que foi ganhando, chegou aqui e tornou-se campeão olímpico nos 200 livres.
Então eu vejo o Popovici, e não estou a comparar com o Diogo, mas ele tem muito talento, o Diogo tem muito talento, e ambos passam por processos de autoconhecimento e evolução.
Ele tem que estar sempre muito bem amparado e a crítica positiva e negativa sempre vai existir. Para isso também tem que se estar preparado. Mas é parte do processo.
Com o Diogo gostaríamos de chegar a uma final, de ter a oportunidade de vivenciar a final olímpica e a tentativa de buscar uma medalha. Se ele melhorar os tempos dele dentro do contexto em que nós estamos aqui, se ele melhorar o tempo dele estando numa final, pode ser que ele chegue à medalha.
E as suas expetativas maiores são nos 50 livres ou nos 100 mariposa? Imagino que nos 100 mariposa...
A gente tinha expectativa nas três provas. Ele gosta mais dos 100 mariposa, os maiores títulos dele são nessa prova.
Mas eu acho que os 50 livres são uma prova que é natural para ele, e que ele nada muito bem. O biotipo dos atletas dos 50 livres é um pouco diferente do dele, mas a nossa expectativa era dele ter essa vivência e criar essa oportunidade nas três provas.
Para o tipo de prova que era (não é a que melhor se encaixa no Diogo Ribeiro) o 28 lugar em 79 é muito bom!!
— GoncaloDias17 (@goncalo_diass17) July 30, 2024
Agora é ir focar nas outras provas! pic.twitter.com/gIPhQN0e8T
Vamos ver o que se passa, vamos ter muita calma, tanto para o lado positivo, como foi em Doha. Ele mudou a vida dele, isso é inegável. Ele projetou-se a ele e à natação dentro do país dele, isso é muito bom.
Temos que ter cuidado com os próximos passos. Quando eu digo ter cuidado, é ter cuidado internamente, o que a imprensa e a torcida vão falar, não está no nosso controlo e a gente, goste ou não, temos de estar preparados e fazer o nosso trabalho.
Sei que o seu contrato acaba agora no final deste ciclo olímpico. O seu desejo é ficar?
O meu desejo foi dito no ano passado, eu queria ficar. Mas há uma série de situações, o presidente [da FPN] não pode ser reeleito porque atingiu o número máximo de mandatos, e ficámos numa situação que honestamente não gosto, acho que é muito incómodo, e é difícil de isolar mentalmente essa situação.
Temos que ter cuidado com os próximos passos. Quando eu digo ter cuidado, é ter cuidado internamente, o que a imprensa, a torcida, vão falar, não está no nosso controlo e a gente goste ou não, temos de estar preparados e fazer o nosso trabalho.
Isto porque daqui a um mês, eu posso voltar para casa e ter que fazer as malas e mudar de país. A questão de mudar de país é um assunto, porque a época na Europa começa em Setembro, e a época no Brasil começa em janeiro, mas as coisas são definidas ali por volta de Outubro. Então, eu ter que esperar o desenrolar da eleição é uma coisa bastante incómoda.
Mas vai esperar ou não?
Eu disse que vou esperar e eu vou esperar. É isso, vou esperar.
Mas já conversou com os dois candidatos às eleiçõs para perceber se há a intenção de ficarem consigo na estrutura da Federação?
Não. Há um candidato que não quer nem falar. Então, acredito que se esse candidato vencer, é melhor fazer já as malas e ir embora, porque se ele não vem falar comigo antes, não vejo porque vai falar comigo depois.
Qual é o candidato...
Falei com Miguel Arrobas, sentei-me com ele. A decisão passa longe da minha vontade. Para ser sincero, nem entendo direito todo o processo eleitoral.
A expetativa é que se ganhar Miguel Arrobas vá permanecer como selecionador?
Não, não tenho expectativa nenhuma. Quero que o que aconteça seja o melhor para Portugal e que quem vota saiba qual é a expectativa deles, eu sou só um funcionário.
"[Medo que o Diogo bloqueie depois dos 100 livres?] Digamos que tenho esse receio, o que é que faço? Nada. O que faremos então? Nada, vai lá e nada".
Eu trabalhei em clubes grandes, em confederações, e outros comités e quando trocava a direção, eu nunca tive a preferência por A, B ou C. A gente tem amizade, por exemplo, o António Silva [atual presidente da Federação Portuguesa de Natação] é uma pessoa pela qual eu tenho gratidão. Mais: considero até um amigo. Eu gosto do António Silva.
O meu desejo foi dito no ano passado, eu queria ficar. Mas há uma série de situações, o Presidente [da FPN] não pode ser reeleito porque atingiu o número máximo de mandatos, e ficámos numa situação que honestamente não gosto, acho que é muito incómodo, e é difícil de isolar mentalmente essa situação.
Eu não concordo com ele em todos os pontos, discutimos internamente os pontos de vista e alinho-me muito bem com ele. Sou grato por ter-me trazido, pela oportunidade que tive de trabalhar aqui, em tudo aquilo que ele me deu. Ele cumpriu e apoiou-me. Esse é o tipo de relação que eu sempre tive e vou continuar a ter.
A questão é muito simples: o Arrobas quis conversar comigo, mas ele não pode tratar do assunto, porque ele disse-me que não está dentro da federação. Mas eu estou disposto a sentar e conversar depois. É isso.
Foi o único que fez isso?
Não estou aqui a torcer pelo candidato A, B ou C. Mas o único que se sentou comigo foi ele.
O Diogo tem talento, podemos melhorar as condições dele em relação aos adversários, e ele entrar nestas competições não atrás, mas à frente dos outros.
E se ficar em Portugal, quais são os objetivos?
Quero estar com os atletas nos próximos Jogos com tempos de entrada entre o top-5 e o top-8. Faz muita diferença chegar aqui e, mesmo que se erre alguma coisa por causa da ansiedade, positiva ou negativa, podermos chegar à meia-final.
Natação
O português Diogo Ribeiro é campeão do Mundo nos 1(...)
E estando na meia-final, aí ajusta-se, e damos uma outra resposta positiva.
Portanto a ideia é melhorar o nível geral dos tempos, para que quando chegar a competição estar-se num patamar em relação aos adversários que permite falhar e mesmo assim atingir os objetivos?
Exato. É o que fazem os grandes. O Phelps, se acordasse num dia com o torcicolo, ele nadava e classificava-se para a meia-final e resolvia o problema dele.
Estamos a ver aqui atletas a piorarem tempos e a serem campeões, porque a margem deles para os outros é grande.
O Diogo tem talento, podemos melhorar as condições dele em relação aos adversários, e ele entrar nestas competições não atrás, mas à frente dos outros.