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Futebol Nacional

"Ansiedade e tensão". Boavista, Farense e Aves lutam pela sobrevivência na I Liga até à última jornada

06 mai, 2025 - 12:57 • Eduardo Soares da Silva

O antigo internacional Jorge Ribeiro jogou nos três clubes que estão em igualdade pontual no fundo da tabela. Quais são os jogos ainda por disputar nas últimas duas rondas?

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Boavista, Aves, Farense e ainda o Estrela da Amadora. A luta pela permanência na I Liga promete durar até ao último segundo da temporada, uma vez que os três últimos entram para as derradeiras duas jornadas em igualdade pontual. São tempos de "ansiedade, nervisismo e tensão", segundo o ex-internacional Jorge Ribeiro.

"Sente-se um nervosismo e uma ansiedade para que as coisas se resolvam o quanto antes. Há uma tensão, não é só a vida dos jogadores que está dependente disso, também a vida dos clubes. Agora, há que ter bagagem, personalidade para conseguir sobreviver. Acho que é isso que os jogadores vão sentir nestas duas jornadas", diz, à Renascença.

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O antigo lateral jogou nos três principais candidatos à despromoção: passou pelo Boavista em 2007/08, jogou no Farense entre 2016 e 2019 e o Aves é o clube que mais representou na carreira, com uma primeira passagem em 2006/07 e, mais tarde, entre 2013 e 2015.

"Joguei num Boavista de I Liga, no Aves na segunda divisão e no Farense no Campeonato Nacional de Séniores [terceiro escalão] e subimos para a II Liga. Gostaria que se mantivessem todas, é um privilégio vê-las na I Liga, mas sei que não é possível", explica o antigo jogador de 43 anos.

Depois da vitória, com direito a cambalhota no marcador, do Boavista na Vila das Aves, o campeonato ficou ainda mais embrulhado no que diz respeito à descida.

Os três clubes estão empatados com 24 pontos, sendo que são os axadrezados - numa época conturbada com ordenados em atraso, luz cortada no estádio, sem inscrições de novos jogadores até fevereiro e muitos treinadores - que ocupam o lugar de "play-off". Atrás vem o Aves e o Farense, que é o último.

O Estrela da Amadora também ainda não tem futuro garantido, mas não está longe. Tem mais cinco pontos do que os rivais (29), e está perto de confirmar a permanência na primeira divisão.

Jorge Ribeiro defende que sempre discordou quem traçava um futuro certo para o Boavista na II Liga: "Estive lá, sei o que é o clube e sei o que os adeptos podem fazer pelos jogadores. Estiveram mil adeptos no estádio do Aves e isso importa muito nesta fase. O Boavista não vira a cara à luta, vai até ao fim, é o lema do clube e da cidade".

O antigo internacional português assume que "não gostou muito" do que viu do Aves na partida, mas vê "qualidade" no plantel de Rui Ferreira.

Natural de Lisboa, Ribeiro vive no Algarve e conhece por dentro o Farense. Quando lá jogou, já era a direção de João Rodrigues que liderava o clube com o objetivo de chegar à I Liga, o que o clube já conseguiu por duas ocasiões na última década.

"É um clube histórico e mítico para Faro. Eu vivo aqui, sei como é esta gente. O presidente é o mesmo, está na sua décima época e sempre teve o intuito de catapultar o Farense para a primeira divisão, deu um ar novo ao clube", considera.

O que falta jogar?

Faltam duas jornadas para o final do campeonato, apenas seis pontos em disputa. A jornada 33 reserva todos os jogos das equipas na luta pela permanência para domingo, dia 11 de maio.

O Estrela da Amadora recebe o Aves, um jogo que pode garantir a permanência da equipa da Reboleira, ou criar uma grande dúvida para a última jornada. O jogo arranca às 15h30.

Às 18h00, o Farense vai até ao Estádio D. Afonso Henriques para defrontar o Vitória SC, que está ainda na luta para confirmar o quinto lugar. Já o Boavista tem um difícil dérbi para disputar, no Bessa, frente ao FC Porto, às 20h30.

Na última jornada, ainda sem horários confirmados, o Estrela visita o Estoril Praia, o Farense recebe o Santa Clara, o Boavista vai até Arouca e o Aves recebe o Moreirense.

Jorge Ribeiro "não consegue" e também não quer escolher favoritos. Tem carinho pelos três clubes que representou em diferentes alturas da sua carreira, mas aponta o caminho para quem quiser jogar futebol de I Liga na próxima época.

"Quem errar pouco é quem vai sobreviver", conclui.

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