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Futebol Nacional

"É fruta da época". Ex-secretário de Estado desvaloriza "guerrilhas", que associa a eleições no Benfica

10 out, 2025 - 12:45 • André Maia , Inês Braga Sampaio

Em entrevista exclusiva à Renascença, João Paulo Rebelo reconhece "em qualquer um dos presidentes dos três grandes pessoas que estão no século 21", na gestão desportiva.

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"É fruta da época". O antigo secretário de Estado do Desporto João Paulo Rebelo desvaloriza clima de "guerrilha" no futebol português e, mesmo sem mencionar o nome do Benfica, relaciona-o com as eleições na Luz.

Em declarações exclusivas a Bola Branca, à margem do Portugal Football Summit, na Cidade do Futebol, João Paulo Rebelo salienta que "as guerrilhas, infelizmente, são um bocadinho fruta da época".

"Temos períodos de maior serenidade e, infelizmente, períodos em que a serenidade não é tão grande, normalmente associado a crises que há dentro dos próprios clubes, crises de liderança. Mas eu quero deixar uma coisa clara: reconheço em qualquer um dos presidentes dos três grandes pessoas que estão no século 21, no que diz respeito à gestão desportiva", elogia o atual deputado do PS, pelo círculo eleitoral de Viseu.

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João Paulo Rebelo também "iliba" o atual secretário de Estado do Desporto, Pedro Dias, quanto a um papel decisivo na mitigação do conflito: "Eu era secretário de Estado da altura quando houve a 'invasão' da Academia em Alcochete, já vivemos momentos muito tensos. Já na altura o foco e os microfones apontavam muito ao responsável da tutela, que nesse caso era eu."

"Eu diria que este é um trabalho conjunto, que tem de ser feito pelas entidades públicas, pelo Governo, pelo Instituto Português do Desporto e Juventude [IPDJ], mas há um papel que cabe também à comunicação social e, evidentemente, aos intervenientes mais diretos", assinala.

Portugal chega tarde ao comboio

Já sobre a centralização e as críticas feitas pelo Benfica, João Paulo Rebelo diz que a iniciativa só tem um defeito: vir com atraso.

"Se olharmos para o contexto internacional, muito concretamente o Europeu, Portugal já é dos muito, muito poucos — são dois ou três países — que não estão de facto a seguir este modelo da centralização. Eu diria que em Portugal o que pode estar mal é o atraso com que chegamos a esse comboio, que é o comboio do desenvolvimento", sustenta.

A Liga Portugal entregou em julho uma proposta para a centralização dos direitos audiovisuais do futebol profissional masculino. Por lei, o novo modelo tem de entrar em vigor até à temporada 2028/29.

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