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Jogos Olímpicos

João Pereira acompanhou treino de Vilaça para Paris e agora foi igualado por ele. "Não podia pedir melhor"

31 jul, 2024 - 18:17 • Inês Braga Sampaio

O português mostra-se "orgulhoso" pelos quinto e sexto lugares, respetivamente, de Vasco Vilaça e Ricardo Batista, no triatlo dos Jogos Olímpicos: "Não tinham mais nada para dar."

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A voz de João Pereira enche-se de orgulho ao falar com a Renascença, pouco depois de Vasco Vilaça ter igualado o seu histórico quinto lugar no triatlo - obtido no Rio 2016 - nos Jogos Olímpicos de Paris 2024.

"Enche-me de orgulho ver que o triatlo está bem representado, não podia pedir nada melhor", declara o triatleta, que até esta quarta-feira tinha o melhor resultado português no triatlo masculino, em Olimpíadas.

João Pereira acompanhou a última semana de treinos de Vilaça - e de Melanie Santos, 45.ª na prova masculina - , em Girona. Já em Portugal, festejou, pela televisão, os quinto e sexto lugares de Vilaça e Ricardo Batista, respetivamente, na prova de Paris 2024. Dois "atletas muito competentes, com muitas provas dadas", que garantiram um par de diplomas olímpicos à Equipa Portugal, a que se juntam outros dois.

"O resultado não me surpreende, bem pelo contrário. Acompanho-os, por vezes tenho oportunidade de competir contra eles e de treinar com o Vasco, não me surpreende. Eles tinham grandes capacidades de fazer um grande resultado e provaram isso", vinca o atleta do Benfica, de 36 anos.

Medalha esteve quase, mas "não tinham mais para dar"


Houve uma altura, já na fase de corrida, no final da prova, em que parecia que Vilaça e Batista poderiam chegar às medalhas. No entanto, não conseguiram apanhar os da frente. João Pereira admite um pequeno amargo de boca, contudo, enaltece a "corrida de trás para a frente, sempre a acreditar que era possível uma melhor prestação", da dupla nacional:

"Provou que têm muita garra, treino e dedicação, e isso depois espelhou-se no resultado. Fica sempre o sentimento de pena pelas medalhas, ficou muito perto, mas eles estiveram lá e, como se pôde ver na reta final da meta, deram o seu melhor, não tinham mais nada para dar. E acho que isso é o melhor sentimento com que um atleta consegue acabar uma prova: é que deu o melhor e acabou sem mais nada para dar."

Grandes resultados exigem "investimento e condições"


Num olhar sobre o estado atual do triatlo, João Pereira reconhece que "falta um pouco de profundidade", apesar da "boa massa competitiva".

"Essa questão é sempre complicada. Os outros países fazem grandes investimentos nos atletas e dão grandes condições e, se queremos resultados de excelência, acho que o trabalho tem de ser muito por aí. Os nossos atletas, dentro das condições que tiveram, conseguiram muito bem, em termos de escala, representar o seu país", destaca.

Vasco Vilaça e Ricardo Batista conquistaram dois diplomas olímpicos para Portugal, com os quinto e sexto classificados no triatlo. O resultado de Vilaça igualou o quinto lugar de João Pereira no Rio 2016, até agora a melhor prestação de um triatleta, homem, nos Jogos Olímpicos.

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