14 jun, 2025 - 23:12
O treinador do FC Porto, Martin Anselmi, abordou o duelo contra o Palmeiras para o Mundial de Clubes, falou sobre Gabri Veiga, o calendário apertado, relvado do encontro e a vontade de entrar bem na nova prova da FIFA.
Palmeiras
"Conheço a grandeza de um clube como o Palmeiras porque venho da América do Sul. Sabemos que vai ser intenso, que têm um grande treinador, que já conquistou muitos títulos. Todos os jogos nesta fase de grupos são muito importantes, não há margem de erro. Espero um duelo intenso, bem disputado, com duas equipas que vão pensar na baliza rival e vão querer ficar com os 3 pontos".
Competição especial
"No final das contas, quando sonhamos em ser treinadores, sonhamos desfrutar de momentos como este. Já estive em finais na América do Sul, no México, e sem dúvidas que disputar um Mundial de Clubes, a defender as cores do FC Porto, um clube campeão do mundo, vai ser especial. Ainda para mais, tendo em conta que será a minha primeira vez. Vamos ter a sorte e o privilégio de estar aqui. Nesse sentido, desfruto muito do presente. Também queria muito estar de férias, mas não estar significa que estamos onde queremos estar. Poder competir desperta-me muito entusiasmo. Ter equipas diferentes, de diferentes lugares do mundo, de diferentes formas de jogar futebol, é algo que nos faz evoluir. Como treinador, é enriquecedor
Relvado
“Não tive a sorte de pisar ainda o campo. Sei que foi montado há poucos dias e, nesse sentido, espero que possa estar nas melhores condições possíveis. É igual para as outras equipas. Estamos habituados a jogar num relvado mais curto, o Palmeiras talvez em sintéticos. E faz parte conseguir essa adaptação o mais rápido possível. Mas não vai ser uma desculpa".
Jogar ou descansar
"Competir é sempre o melhor. O calendário foi feito assim e nós demos as férias necessárias aos jogadores. Conseguimos treinar bem, fizemos particulares, até fomos a Marrocos jogar contra uma equipa que vai disputar o Mundial. Acho que vamos ser competitivos".
Passar aos oitavos de final
"Gosto de pensar no jogo de amanhã. Pensar no futuro não nos favorece nada. No final das contas, o presente é aquilo que podemos controlar. Parece-me que o mais importante é o jogo de amanhã, depois o próximo e assim sucessivamente. Traçar metas seria limitar-nos. O FC Porto tem de competir como o emblema assim exige, e a partir daí veremos até onde conseguiremos ir. Claro que gostaríamos de estar cá até ao último dia. Mais tempo ou menos tempo para trabalhar? A época continua a ser a mesma, é uma continuidade. Durante o processo, conseguimos fazer muita coisa que talvez seja invisível no dia-a-dia. Acredito que nas últimas jornadas já vimos um FC Porto mais maduro na hora de controlar o jogo, que sabe onde e quando explorar diferentes vantagens, que consegue defender quando o jogo assim exige, quando temos um jogador expulso, por exemplo. Tivemos momentos bons, outros onde se nota que precisamos de melhorar, como contra o Nacional. O nosso objetivo agora é melhorar, encontrar esse equilíbrio e conseguir mais momentos do FC Porto que queremos ver. Competir vai ajudar-nos a fazer isso".
Gabri Veiga
"Encontrei um jovem muito inteligente. Gosta de jogar, gosta da parte tática e isso é sempre bom para um treinador. Depois, claro que precisa de se adaptar ao nosso modelo, tal como os outros jogadores. À nossa forma de treinar, ritmos, intensidades... Mas quando um jogador é bom, adapta-se mais rápido. E isso pode ver-se nos treinos que fizemos. Se pode ser titular? Todos os jogadores que estão a treinar e que vieram até aos Estados Unidos podem sê-lo. É uma questão de esperar algumas horas".
Diogo Costa
"Temos o Cláudio [Ramos]... Que é grande e já nos representou em várias ocasiões. É um dos capitães, está preparado, já esteve em jogos importantes. Somos uma equipa. Quando não pode jogar um jogador como o Diogo Costa, que sabemos o que representa, aparece o Cláudio. Confiamos plenamente nele".
Abel conhece futebol português, Anselmi conhece o brasileiro
"Enquanto equipa técnica, já nos calhou defrontar várias vezes equipas brasileiras. Nunca defrontei o Palmeiras nem o Abel. Ele conhece bem o futebol português, e nós conhecemos bem o futebol brasileiro. Mas do outro lado há um grande treinador, que terá o seu plano de jogo, e nós temos a mesma tarefa. Medir forças com eles, ver como estão, olhar para o trabalho no Brasileirão, na Libertadores. Tentar encontrar padrões de jogo e contrariá-los".
Ter bola
"O Palmeiras é uma equipa que ataca bem a profundidade. Temos de estar muito atentos a isso. Sabem jogar no contra-ataque, nas transições. Sabem que têm de ser fortes e intensos nos duelos. O Estêvão pode ter a capacidade de, num um contra um, criar uma oportunidade. Ainda assim, estamos preparados. Queremos pensar em nós e ter a nossa essência, a de controlar o jogo, ganhar a bola o mais rapidamente possível, de sermos protagonistas. Somos o FC Porto e temos de ir atrás dos 3 pontos. Pensamos em nós. Quanto mais tivermos a bola, menos dano o Palmeiras fará".
Intensos na pressão
"Competir a cada jogo, a começar já neste primeiro. Queremos ser competitivos na maior parte do tempo. Estar no presente, estar em cada ação, juntos. Temos de ser intensos na pressão, a atacar como gostamos, a encontrar os pontos fracos do rival, entendendo os momentos do jogo. O nosso objetivo é estar focados no trabalho, no plano de jogo, e a partir daí estamos mais perto de ganhar cada jogo".