Nos 50 anos do 25 de Abril e em vésperas do congresso do PCP, a Renascença reuniu o atual secretário-geral comunista e os dois antecessores num encontro inédito no Forte de Peniche. Pela primeira vez juntos em entrevista, Jerónimo de Sousa, Paulo Raimundo e Carlos Carvalhas falam sobre o país, o mundo, os desafios políticos e a vida interna do partido.
Os três jornalistas analisaram a grande entrevista de Paulo Raimundo, Jerónimo de Sousa e Carlos Carvalhas à Renascença, num debate moderado por Cristina Nascimento.
O antigo líder comunista recusa que a cúpula do partido tenha tido qualquer participação, referindo que “isso serve àqueles que tinham preparado o golpe”. O ex-líder do PCP sublinha que “o que houve foi a preocupação de evitar uma guerra civil”.
Comunistas querem “manter” as 19 câmaras a que presidem e recuperar outras, por exemplo a da Moita que perderam para o PS. A estratégia passa por desdramatizar perdas antigas e futuras nas autárquicas. “Se alguém pensa que isto é sempre a cair, não corresponde à realidade”, diz o líder do PCP.
Comunistas querem “manter” as 19 câmaras a que presidem e recuperar outras, por exemplo a da Moita que perderam para o PS. A estratégia passa por desdramatizar perdas antigas e futuras nas autárquicas. “Se alguém pensa que isto é sempre a cair, não corresponde à realidade”, diz o líder do PCP.
Congresso de Almada da próxima semana vai redefinir a composição do órgão de cúpula do PCP. Para Jerónimo de Sousa há uma “ordem natural” que poderá resultar na sua saída do Comité Central.
Líder comunista critica discussão antecipada das presidenciais e distancia-se de Gouveia e Melo. Raimundo não assegura apresentar candidato próprio e Jerónimo de Sousa não acredita que PCP apresente uma mulher na corrida a Belém: “Não me cheira”, responde o antigo secretário-geral.
Líder comunista critica discussão antecipada das presidenciais e distancia-se de Gouveia e Melo. Raimundo não assegura apresentar candidato próprio e Jerónimo de Sousa não acredita que PCP apresente uma mulher na corrida a Belém: “Não me cheira”, responde o antigo secretário-geral.
Paulo Raimundo alerta que “há lobos sem ser na serra” e lembra que “correlação de forças” no Parlamento pode “pôr em causa o que está consagrado”. PCP é favorável ao alargamento do prazo mas não quer abrir discussão agora e adverte para “retrocessos”.
Paulo Raimundo diz que Portugal deve cumprir mandado de detenção do Tribunal Penal Internacional. Questionado se gostaria de viver em Portugal num regime como o da Rússia, Coreia do Norte ou Venezuela, o líder do PCP é perentório a responder: “Claro que não”.