Carlos Canha foi condenado a uma pena suspensa de cinco anos de prisão e ao pagamento de uma indemnização de seis mil euros a Cláudia Simões, o que tem que ser concretizado no prazo de dois anos e seis meses.
O protesto "E se fosse contigo?" é organizado por vários movimentos antirracistas que pedem a "revogação da sentença e de reparação da violência infligida pela polícia e pelo sistema judicial a Cláudia Simões".
Vestidas de branco e de punhos fechados e erguidos, cerca de 50 pessoas, na maioria mulheres negras, participaram no "ato de solidariedade" com Cláudia Simões.
Caso remonta a 2020. Cláudia Simões, cozinheira de profissão, envolveu-se numa discussão entre passageiros e o motorista de um autocarro da empresa Vimeca, pelo facto de a sua filha, à data com 8 anos, se ter esquecido do passe.
Cláudia Simões frisou ter ficado "uns três meses em casa" após o episódio e que ainda hoje sente dores na cabeça e na boca. Sobre o comportamento dos outros dois agentes igualmente arguidos neste processo, declarou que Fernando Rodrigues e João Gouveia "não fizeram nada, mas aperceberam-se do que se estava a passar".