24 set, 2021 - 15:58 • Hélio Carvalho , com agências
Os estudantes do mundo voltaram a manifestar-se esta sexta-feira no âmbito da Greve Climática Global, ou "Fridays For Future", para exigir mais ambição na resposta às alterações climáticas.
Os protestos desta sexta-feira surgem num ano em que cheias na Europa Central, incêndios na Turquia e na Grécia, temperaturas recorde nos Estados Unidos e no Canadá, entre muitos outros fenómenos, lançaram novos alertas sobre o risco da crise climática para a sobrevivência do planeta.
Em Portugal, houve protestos um pouco por todo o país, com o destaque a ir para Lisboa - à semelhança do que já se tem verificado em protestos anteriores organizados pela Greve Climática Estudantil.
Algumas centenas de estudantes partiram do jardim Amália Rodrigues, no topo do Parque Eduardo VII, e fizeram a marcha até ao Jardim do Arco do Cego. Pelo meio, pararam em frente ao Liceu Camões, onde alguns estudantes em intervalo juntaram-se à greve.
Uma das maiores multidões foi registada em Berlim, onde milhares de jovens juntaram-se em frente ao Reichstag e à residência oficial da (atual) chanceler, Angela Merkel.
Foi também em Berlim que o rosto da greve pelo clima, Greta Thunberg, discursou contra o capitalismo e a falta de ação política.
"Devemos votar e vocês devem votar. Mas não se esqueçam que o voto não chega. Temos que continuar a ir para as ruas e a exigir aos nossos governantes que tomem medidas concretas a favor do clima", disse a ativista sueca.
Em Itália, vários milhares juntaram-se em protestos em Roma, Nápoles, Turim, entre outras cidades.
Na Índia, país com graves problemas ambientais, houve manifestações mais modestas em Nova Deli e Calcutá.