16 jun, 2022 - 23:56 • João Malheiro
No 113.º de guerra, os líderes europeus de Alemanha, França e Itália deram um apoio importante na ambição da Ucrânia de integrar a União Europeia (UE), defendendo a atribuição imediata do estatuto de país candidato.
Macron, Draghi e Scholz reuniram-se com Zelenskiy e visitaram em Kiev, esta quinta-feira, num momento simbólico de grande importância diplomática.
A Renascença resume os principais momentos de mais um dia de conflito.
Os líderes de Alemanha, França e Itália manifestaram esta quinta-feira o apoio para que a Ucrânia receba "imediatamente" o estatuto de país candidato à UE.
"A Ucrânia pertence à família europeia", declarou o chanceler alemão, Olaf Scholz.
Emmanuel Macron, Olaf Scholz e Mario Draghi encontraram-se com o chefe de Estado da Ucrânia e discutiram mais apoio militar.
À chegada à capital ucraniana, Macron disse que o objetivo é demonstrar que a Europa está unida no apoio aos ucranianos.
“Uma mensagem de unidade europeia a transmitir aos ucranianos e ucranianas o nosso apoio, e falar do presente e do futuro, porque as próximas semanas são importantes”, afirmou.
"A França está ao lado da Ucrânia desde o primeiro dia (...). Estamos ao lado dos ucranianos sem ambiguidades. A Ucrânia deve ser capaz de resistir e de vencer", disse o presidente francês.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, "aceitou um convite" da Alemanha para participar na próxima cimeira do G7, no final de junho, na Baviera, disse o chanceler alemão, Olaf Scholz, que esta quinta-feira visita a Ucrânia.
"Obrigado, Sr. Zelenskiy, por aceitar o meu convite para participar na cimeira do G7", que será realizada de 26 a 28 de junho, no castelo de Elmau (sul), escreveu Scholz na rede social Twitter, sem especificar se Zelenskiy, que não saiu da Ucrânia desde o início da invasão russa, em 24 de fevereiro, participará presencialmente ou por videoconferência.
"Aceitei com gratidão o convite dos nossos parceiros para participar em grandes eventos internacionais", a cimeira do G7, na Alemanha, e uma cimeira da NATO, em Madrid, a convite do secretário-geral da Aliança, Jens Stoltenberg, confirmou o presidente ucraniano no Twitter.
Os ministro da Defesa de membros da NATO reuniram-se esta quinta-feira em Bruxelas, na Bélgica, no segundo dia de encontros para discutir o fornecimento de armas pesadas à Ucrânia e a candidatura de Finlândia e Suécia para membros da Aliança Atlântica.
A reunião acontece a menos de duas semanas da cimeira de líderes da NATO em Madrid.
O governador de Luhansk, Serhiy Haidai, disse, esta quinta-feira, à CNN, que evacuar civis da fábrica Azot, em Severodonetsk é, neste momento, "impossível".
"É fisicamente possível, mas é demasiado perigoso devido a constantes bombardeamentos e combates entre militares", explicou ao canal de informação norte-americano.
Segundo o responsável ucraniano, cerca de 568 pessoas, 38 destas crianças, estão refugiadas na fábrica de Azot, naquela que é a cidade que tem sido palco de uma das batalhas mais intensas e duradouras desta guerra.
Neste momento, todas as pontes que ligava Severdonetsk ao resto da Ucrânia estão destruídas.