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ESPAÇO

Dois satélites portugueses já estão no espaço. Reveja o lançamento

14 jan, 2025 - 18:28 • Redação

O lançamento do Prometheus-1, da Universidade do Minho, e do PoSAT-2, da LusoSpace, correu sem erros, com a ajuda de um foguetão Falcon 9, da SpaceX.

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3, 2, 1...Satélites portugueses já estão no espaço. Veja o vídeo
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Foi a partir da Base da Força Espacial de Vandenberg, na Califórnia, que dois satélites portugueses foram esta terça-feira lançados ao espaço, tendo já ultrapassado a barreira dos 100 quilómetros de distância da superfície da Terra.

Por volta das 19h09, o PoSAT-2, da LusoSpace, e o Prometheus-1, da Universidade do Minho, tornaram-se o quarto e o quinto satélites portugueses a serem enviados para o espaço, depois dos nanossatélites ISTSat-1 e Aeros MH-1, em 2024, e do microssatélite PoSAT-1, em 1993.

A boleia é dada pelo foguetão Falcon 9, da SpaceX, com transmissão nos canais do X da empresa de transporte espacial e do canal de Youtube da Escola de Engenharia da Universidade do Minho.

O satélite Prometheus-1, da UMinho, vai ficar a cerca de 500 quilómetros de altitude e recolher dados úteis para a comunidade académica e científica. Trata-se de um cubo, com cinco centímetros de cada lado e 250 gramas, com sistemas de gestão de bateria e orientação, microcontroladores e câmara similar à de um telemóvel para captar imagens. É o segundo nanossatélite a ser construído por uma instituição universitária portuguesa, depois do ISTSat-1, pelo Instituto Superior Técnico (IST), em Lisboa

O PoSAT-2 - nome dado em homenagem ao primeiro satélite português, lançado no final da década de 1990, o PoSAT-1 -, vai estar operacional assim que for lançado. Utiliza o sistema VDES (VHF Data Exchange System) que possibilita a

troca bidirecional entre a terra e os navios. Este sistema permite enviar curtas mensagens de avisos, alertas, comunicações e emergências.

Custou cerca de um milhão de euros, e é o primeiro de uma constelação de 12 microssatélites para monitorização do tráfego marítimo e foi totalmente construído nas instalações da LusoSpace, em Lisboa. Os primeiros contactos do satélite com a Terra são esperados em abril.

Durante a transmissão feita pela UMinho, o ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, enalteceu, numa intervenção à distância, o papel da universidade, onde é docente, na "linha da frente" do setor espacial, que "ganhou uma relevância muito grande na Europa".

"É muito importante que Portugal participe neste desafio europeu", assinalou.



Os restantes 11 microssatélites da constelação serão construídos em 2025, com alguns deles a serem lançados no final do ano e outros no início de 2026, de acordo com a LusoSpace, que quis com a escolha da designação PoSAT-2 prestar "um tributo" ao PoSAT-1, o primeiro satélite português enviado para o espaço, em 1993, que continua em órbita mas inativo.

A constelação de microssatélites da LusoSpace, que envolve o contributo de outras empresas do setor, tem um custo total de 15 milhões de euros, comparticipado em 10 milhões pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

O Prometheus-1 foi concebido como uma "ferramenta de ensino" para alunos de engenharia aeroespacial, eletrotécnica ou de telecomunicações, que poderão "fazer atividades de comando e controlo" ou "trabalhar com réplicas".

O minúsculo satélite, que se assemelha no tamanho a um cubo de Rubik (conhecido como "cubo mágico"), teve a parceria científica da Universidade de Carnegie Mellon, nos Estados Unidos, e do IST.

Em 4 de março de 2024, o mesmo foguetão da SpaceX enviou para a órbita terrestre o nanossatélite Aeros MH-1, de um consórcio de empresas e instituições académicas, para observação do oceano Atlântico.

Quatro meses depois, em 9 de julho, o novo foguetão europeu Ariane 6 colocou no espaço o ISTSat-1, construído por alunos e professores do Técnico para testar um novo descodificador de mensagens enviadas por aviões, que permitirá a sua deteção em zonas remotas e aferir a viabilidade do uso de nanossatélites na receção de sinais sobre o estado de aeronaves, como velocidade e altitude, para efeitos de segurança aérea.

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  • Isto, sim
    14 jan, 2025 Portugal com orgulho! 19:30
    É disto que precisamos: inovação, produtos de valor acrescentado, avanço científico, ciência. Apostar, como se tem apostado, em tuk-tuks, toalhinha no braço, espinha dobrada, especulação imobiliária e importação de escravos para as obras e restauração, onde recebem um salário que proposto aos portugueses, fá-los-ia rirem-se antes de virarem costas, não é com isso que se faz um País.
  • Isto, sim
    14 jan, 2025 Portugal com orgulho! 19:30
    É disto que precisamos: inovação, produtos de valor acrescentado, avanço científico, ciência. Apostar, como se tem apostado, em tuk-tuks, toalhinha no braço, espinha dobrada, especulação imobiliária e importação de escravos para as obras e restauração, onde recebem um salário que proposto aos portugueses, fá-los-ia rirem-se antes de virarem costas, não é com isso que se faz um País.

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