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Aeroporto Luís de Camões custa 8,5 mil milhões de euros e pode abrir no final de 2036

17 jan, 2025 - 16:41 • Diogo Camilo

Relatório inicial da ANA Aeroportos indica que a construção do novo aeroporto de Lisboa só deverá começar em dezembro de 2030.

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O novo aeroporto de Lisboa, chamado de Aeroporto Luís de Camões, vai custar 8,5 mil milhões de euros e deverá ser inaugurado em meados de 2037 ou, na melhor das hipóteses, no final de 2036. Esta é a conclusão do relatório inicial da ANA - Aeroportos de Portugal, entregue em dezembro e publicado esta sexta-feira.

Na página do Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT), o relatório indica que o "orçamento de construção estimado pela ANA para o Novo Aeroporto de Lisboa (NAL) totaliza 8,5 mil milhões de euros (valores de 2024)" e que, com base no cronograma previsto no contrato de concessão, as autorizações ambientais e a complexidade das obras, "prevê a abertura do NAL [novo aeroporto de Lisboa] em meados de 2037".

No entanto, o relatório de mais de 300 páginas aponta "algumas possíveis otimizações do cronograma, que a ANA está interessada em discutir com o concedente", que permitirão "considerar uma antecipação da abertura do NAL até o final do ano 2036".

Destes 8,5 mil milhões de euros, sete mil milhões serão financiados através da emissão de dívida, com a concessionária a salientar que se trata de uma "estimativa indicativa". O financiamento chegará também através de um aumento anual das taxas aeroportuárias do Aeroporto de Lisboa de 2026 a 2030 e a extensão da duração da concessão por mais 30 anos.

O planeamento indica ainda que o Estudo de Impacte Ambiental deverá realizar-se até julho de 2026, com a realização do anteprojeto entre essa data e maio de 2027 e o projeto de execução entre abril de 2029 e outubro de 2030.

A construção só deverá começar, segundo o documento, em dezembro de 2030, decorrendo durante seis anos até setembro de 2036, prevendo-se a abertura do NAL para o segundo trimestre de 2037.

Terá capacidade para 45 milhões de passageiros, mais dez milhões do que o Humberto Delgado, logo na sua abertura, mas irá evoluindo, passando a receber cerca de 52 milhões de passageiros em 2060, “uma previsão que criará a necessidade de uma nova infraestrutura moderna e significativamente expandida”.

Esta sexta-feira, em comunicado, o Ministério das Infraestruturas e Habitação deu "luz verde" à ANA para avançar com uma candidatura para a construção do novo aeroporto de Lisboa, que vai nascer em Alcochete.

A proposta que vier a ser apresentada pela entidade gestora dos aeroportos terá de assegurar o “total cumprimento da legislação ambiental aplicável” e quer também que a ANA avalie o prazo de duração da construção, seis anos. A ideia é que estudem “alternativas que permitam abreviar as fases anteriores ao início da obra, de forma a antecipar a conclusão do projeto”. O comunicado do Governo é tornado público dentro do prazo previsto para responder ao relatório inicial da ANA, entregue a 17 de dezembro, com as condições para avançar com a construção do Aeroporto Luís de Camões.

De acordo com a nota divulgada, a proposta da ANA não prevê contribuição direta do Orçamento do Estado, "em pleno alinhamento com o Governo a este respeito".

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