03 nov, 2025 - 19:22 • Diogo Camilo
Se reparou numa bola de fogo a passar pelo céu por volta das 19h40 deste domingo, dia 2 de novembro, não está sozinho. Este clarão foi avistado em diversos pontos de Portugal e Espanha e surgiu perto da Lousã, no distrito de Castelo Branco, até se extinguir perto de Coimbra.
A formação de um meteoro tem a ver com a sua entrada na atmosfera da Terra: os corpos celestes que navegam pelo espaço são chamados de meteoróides, se tiverem menos de 10 metros, ou de asteróides se tiverem uma maior dimensão; quando ultrapassam a atmosfera terrestre passam a designar-se de meteoros.
Se cair na Terra, os detritos passam a chamar-se de meteoritos. Mas muitas vezes eles apenas se vão "degradando" ou "queimando", dando origem à iluminação que vemos nos céus - e àquilo que chamamos de estrelas cadentes.
Segundo o projeto SMART do Instituto de Astrofísica da Andaluzia, o meteoro entrou na atmosfera "a aproximadamente 81 mil quilómetros por hora" com uma altitude de cerca de 97 quilómetros sobre a Lousã, em Castelo Branco.
Em poucos segundos, moveu-se para noroeste até se extinguir a uma altura de cerca de 43 quilómetros sobre Amiosinho, em Coimbra.
A luminosidade, que permitiu que fosse observada durante vários segundos, é "maior do que a da lua cheia".
A diferença entre um meteoro ou um bólide está em quão brilhante a bola de fogo é.
Por exemplo, todos nos lembramos do clarão do último ano, em maio de 2024, um fenómeno que foi visto por todo o país.
Um bólide é definido como uma subcategoria de meteoro excepcionalmente brilhante e luminoso.
Fenómenos como este surgem quando fragmentos de rocha espacial entram na atmosfera terrestre a alta velocidade, com o meteoro a queimar-se devido ao atrito com o ar e a produzir uma luz intensa que é possível ver a grandes distâncias.
Quão mais brilhante for, a uma maior distância consegue ser visto. No caso do clarão do ano passado, houve relatos de avistamentos desde o sul de França até ao Algarve.