19 mai, 2025 - 04:09 • Manuela Pires
Veja também:
A AD elegeu mais nove deputados nas legislativas deste domingo e consegue mais 200 mil votos do que no ano passado. Apesar do resultado não chegar para garantir a estabilidade política, Luís Montenegro lê estes resultados como um sinal de confiança dos portugueses no Governo e na sua liderança.
No discurso de vitória, o líder do PSD e da coligação AD avisou que é responsabilidade da oposição garantir a estabilidade política porque, no seu entender, os portugueses votaram para ter o mesmo Governo e o mesmo primeiro-ministro.
“O povo quer este Governo e não quer outro. O povo quer este primeiro-ministro e não quer outro. O povo quer que este Governo e primeiro-ministro dialoguem com as oposições; mas o povo também quer que as oposições dialoguem com este Governo e com este primeiro-ministro”, disse Montenegro, em resposta à Renascença.
Esta noite, o líder da coligação AD não teve uma palavra para Pedro Nuno Santos que apresentou a demissão de líder do PS, mas questionado sobre de mantém o “não é não” ao Chega, o líder do PSD não repetiu a fórmula e disse apenas que vai cumprir a palavra e que vai dizer: “sim é sim a Portugal”.
“Já mostrámos que temos palavra e que cumprimos a nossa palavra. Não vou contribuir para teorizar. Dentro do cumprimento dos compromissos que assumi em nome da AD, tenho a certeza que vai acabar por imperar o sentido de responsabilidade”, disse Luís Montenegro.
Ao lado da mulher e da mãe, pediu responsabilidade à oposição, mas avisou que o programa base do Governo é o da AD e que todos devem saber interpretar os resultados, que na sua opinião, mostram que os portugueses querem que este Governo cumpra a legislatura até ao fim.
“Tenho a certeza que vai acabar por imperar o sentido de responsabilidade, não só para a assunção plena de poderes do Governo, mas para condições de execução do programa do Governo em quatro anos”, disse o líder da AD.
Apesar de não conseguir a “maioria maior” que pediu na campanha eleitoral, Montenegro faz as contas não só aos votos, mas essencialmente à diferença que mantém agora para o Partido Socialista.
“Esta maioria é uma maioria maior do que aquela que tínhamos há um ano. Cabe a todos aqueles que receberam um mandato garantir que há estabilidade política”, disse Montenegro.
Em resposta à Renascença, aproveitou para enfatizar o crescimento eleitoral da AD. “Esta foi uma grande vitória. Temos hoje mais votos, mais mandatos e multiplicámos por dez a diferença entre o primeiro classificado e o segundo classificado nestas eleições”, sublinhou..
Os apoiantes, que encheram os vários espaços do hotel em Lisboa onde a AD acompanhou os resultados eleitorais, comemoraram não só a vitória da coligação, mas especialmente a derrota do PS e a demissão de Pedro Nuno Santos. A intervenção do líder socialista foi muito assobiada, mais do que o discurso de André Ventura, do Chega.