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preparação para a Páscoa

Leia as mensagens de Quaresma dos bispos portugueses

10 mar, 2025 - 07:15 • Olímpia Mairos

Marcadas pelo Jubileu da Esperança, as mensagens apontam pistas para a vivência deste tempo de preparação para a Páscoa e apelam à solidariedade e partilha com os mais pobres em Portugal e em várias partes do mundo.

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Todos os anos, pela Quaresma, os bispos portugueses escrevem mensagens para os seus fiéis e indicam para onde vão destinar as suas renúncias quaresmais.

Leia aqui excertos das mensagens e siga as hiperligações para as notícias completas sobre cada uma das mensagens de Quaresma em 2025.


D. Manuel Quintas, bispo do Algarve, aponta o tempo quaresmal como um “um tempo propício para tomarmos consciência das fragilidades humanas” e para os católicos se unirem, “através de gestos fraternos e solidários, àqueles que sofrem”, reconhecendo que são “todos irmãos e peregrinos em busca de melhores condições de vida”.

“A nossa atenção aos outros e à suas necessidades estimula-nos a cultivar o amor recíproco e à prática das boas obras, condições para progredir no caminho da santidade, vencendo a insensibilidade e a indiferença”, aponta.

Renúncia quaresmal destina-se “ao Centro Cultural e Social da Paróquia S. Martinho de Estoi, colaborando na amortização de uma elevada dívida bancária, assumida ainda pelo seu fundador no momento da sua construção”.

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D. Armando Esteves Domingues, bispo de Angra, contata que a Quaresma deste ano inicia com “desafios tão grandes que colocam toda a Igreja de joelhos diante de Deus de quem espera o auxílio”.

O prelado alerta para os sinais de um “mundo dividido, radicalizado, cheio de discursos prepotentes e ameaçadores, próprios de quem quer ‘ser grande e poderoso’, pouco se importando com os passos trémulos do pequeno e frágil”.

“Há um mundo em guerra ou a preparar-se para ela, alterações no quadro político e social global que lançam medo onde era preciso esperança. Muitos pobres e irmãos nossos correm o risco de perder apoios de projetos humanitários suportados por ‘países ricos’, adivinhando-se problemas acrescidos como o aumento da pobreza, das doenças, do isolamento...”, sinaliza o prelado.

Renúncia quaresmal da diocese reverte a favor de dois projetos em partes iguais: o Projeto Melika e o Fundo de Emergência para Apoio aos Grupos Caritativos das paróquias da diocese

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D. António Moiteiro, bispo de Aveiro, afirma que “somos peregrinos de esperança, a esperança que nasce do amor de Cristo trespassado na cruz”, acrescentando que “sonhamos com comunidades cristãs que coloquem Cristo ressuscitado no centro da sua vida, vivam a comunhão como sinal visível dessa presença e formem discípulos missionários que saibam dar razões da sua fé”.

Na mensagem, o bispo destaca ainda que “todos somos chamados a ser sinais palpáveis de esperança para muitos irmãos e irmãs que vivem em condições de dificuldade”, pedindo a abertura extraordinária das igrejas durante a Quaresma.

A renúncia quaresmal será destinada para os cristãos em Gaza e para o trabalho com os sem-abrigo da Cáritas Diocesana e das IPSS que se dedicam ao trabalho em favor dos mais desfavorecidos.

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D. Fernando Paiva, bispo de Beja, alerta para “o aumento do número de anciãos” e defende que a assistência aos mais velhos, sobretudo quando passam por momentos difíceis, “não pode ser negligenciada”.

“Por conseguinte, devem ser incrementados os apoios económicos e as iniciativas legislativas que permitam a estes nossos irmãos mais frágeis não ser excluídos, mas, antes, devidamente integrados e apoiados”, defende.

O prelado lembra também os migrantes, “dado o seu número e as condições precárias em que tantos vivem” no território da diocese, sublinhando que “merecem e precisam da nossa atenção, do nosso cuidado e também de um melhor enquadramento e apoio, por parte das autoridades públicas, nas várias dimensões deste tema tão atual”.

Renúncia quaresmal será destinada às necessidades da diocese e à população do Haiti, que “vive numa situação de grande carência”.

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D. José Cordeiro e D. Delfim Gomes, bispos de Braga, convidam os fiéis a serem “‘sinais de esperança’ para cada pessoa, para cada família, para cada comunidade cristã, para aqueles que estão afastados da vida da Igreja ou que não acreditam em Deus, para todos os que habitam qualquer periferia humana, para todas as pessoas de boa vontade”.

A mensagem realça que “a nossa presença como cristãos no meio do mundo pretende mesmo ser um sinal de Jesus, mostrar que faz sentido acreditar n’Ele e viver como Ele. No fundo, quando somos verdadeiramente “sinais da Cruz”, então suscitamos a esperança em nós e nos outros, porque mostramos e damos a conhecer Aquele que é a nossa Esperança, Jesus Cristo”, vincam.

Renúncia quaresmal é destinada à aquisição de livros litúrgicos, especialmente do Missal Romano, para oferecer às Dioceses de Bafatá e de Bissau, na Guiné-Bissau, e ao Fundo Arquidiocesano “Partilhar com Esperança”.

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D. Nuno Almeida, bispo de Bragança-Miranda, pede que “avancemos unidos na esperança” e aponta o jejum, a oração e a esmola como instrumentos práticos de combate à indiferença.

Aludindo à mensagem do Papa para esta Quaresma, o prelado reforça que, “como cristãos, somos chamados a percorrer um caminho em conjunto, jamais como viajantes solitários”, sublinhando que “caminhar juntos significa ser tecelões de unidade, partindo da nossa dignidade comum de filhos de Deus”.

Renúncia quaresmal destina-se às obras da Casa Pastoral Diocesana, infraestrutura “absolutamente necessária” para que a Igreja na diocese “tenha um rosto sinodal missionário”

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D. Virgílio Antunes, bispo de Coimbra, diz que nesta Quaresma “somos convidados a ver e compreender quais os sinais de esperança que existem em nós, nos outros e no nosso mundo”.

Sublinha que “celebramos esta Quaresma no coração do ano jubilar”, o prelado indica que “este é o tempo especial de graça que a Igreja nos oferece para retomarmos, com mais ânimo, a nossa peregrinação para Deus”.

Renúncia quaresmal vai ajudar “os nossos irmãos da Faixa de Gaza” que “sofrem e estão privados de todos os bens materiais necessários à vida”.

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D. Francisco Senra Coelho, arcebispo de Évora, alerta para o drama dos “jovens estudantes sem meios para continuarem os seus cursos, ou sequer para poder sobreviver”, assinalando que “esta realidade socioeconómica muito atual gera enormes dificuldades motivadoras de desânimo e desistência no meio estudantil e juvenil”.

Neste contexto, o arcebispo solicitou à Cáritas Arquidiocesana que “crie, regulamente e administre um programa de apoio a jovens estudantes gravemente carenciados de todas as paróquias da arquidiocese, a estudar em estabelecimentos de ensino localizados no território arquidiocesano ou fora dele”.

Renúncia quaresmal é destinada à Cáritas Arquidiocesana para apoio aos estudantes em dificuldades.

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D. Nuno Brás, bispo do Funchal, afirma que “a esperança não é um sonho, porque Jesus ressuscitou”.

O prelado admite, no entanto, que “a esperança é uma virtude difícil”, afirmando que é “mais difícil que a caridade (o amor inspirado por Deus), que nos leva a amar o próximo” e “mais difícil que a fé, essa atitude que nos leva a viver com Deus cada momento da nossa vida”.

Renúncia quaresmal é destinada à paróquia de Katende, na República Democrática do Congo, para construir um furo de captação de água potável e equipar o centro hospitalar recentemente construído naquela localidade.

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D. Manuel Felício, administrador apostólico da Diocese da Guarda, aponta esta Quaresma como “especial, pelo facto de vir enriquecida pela graça do Jubileu”.

“Somos convidados pelo Papa Francisco a manter diante de nós, ao longo de toda ela, este apelo: caminhemos juntos na esperança”, assinala, explicando que “caminhar faz parte da nossa vida pessoal, como fez parte do antigo Israel e hoje faz parte da vida da Igreja”.

“Por isso, precisamos de treinar a capacidade e o próprio hábito de nos escutarmos uns aos outros, com amor e muita paciência”, sinaliza.

Renúncia quaresmal da diocese destina-se a ajudar a Fazenda da Esperança, sediada na diocese, e a Cáritas de Moçambique.

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D. António Couto, bispo de Lamego, apresenta a esperança como a “companheira de caminho para esta Quaresma”.

Citando o poeta francês Charles Péguy, que retrata a Fé, a Esperança e a Caridade “como três irmãs” e afirmando que é “a pequenina Esperança que empurra as duas irmãs mais velhas, fazendo andar o mundo”, o prelado faz o paralelo com a mensagem do Papa para a Quaresma, para dizer que “a esperança e a confiança em Deus não servem apenas para empurrar. Também arrastam”.

“É neste sentido que se compreende que o maior dom de Deus seja a promessa da vida eterna, que tem andado bastante arredada das páginas enrugadas da nossa vida”, constata D. António Couto.

Por isso, o prelado sublinha que “é neste contexto que devemos caminhar. Empurrados pela esperança, sim, mas sabendo bem para onde caminhamos. Para a Casa de Deus, que nos adotou como seus filhos e quis partilhar connosco a sua Vida Vivente”.

Renúncia quaresmal é dirigida à Paróquia de Santo Eliseu, na Diocese de Jbeil, no Líbano.

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D. Rui Valério, patriarca de Lisboa, alerta para a necessidade de uma vivência da Quaresma centrada na esperança que leve à redescoberta de Deus que “quer libertar a humanidade da guerra, da violência e do ódio”.

“Só uma sociedade totalmente voltada para Deus pode encontrar razões para encetar caminhos de verdadeira paz”, aponta.

Sendo chamados a uma esperança que tem consequências sociais, D. Rui Valério indica também que a Quaresma deve levar a transformações nas comunidades cristãs.

Renúncia quaresmal é destinada ao Centro Tsarazaza”, uma instituição que acolhe crianças órfãs e outras originárias de famílias muito pobres, na diocese de Mananjary-Madagáscar, à Associação Apoio à Vida e à Associação “O Companheiro”.

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D. Antonino Dias, bispo de Portalegre-Castelo Branco, aponta a Quaresma como “uma peregrinação interior na alegria do encontro” e desafia a “semear flores de esperança”.

“O caminho e a peregrinação são uma realidade muito humana, um símbolo da vida, um símbolo bíblico muito forte. A nossa vida é um caminhar como peregrinos, juntos, em jeito sinodal”, escreve.

O prelado nota que “atraídos por tantas solicitações e provocações, esquece-se o essencial e, não raro, têm-se como únicos centros de peregrinação as superfícies comerciais e afins, tantas vezes em busca do inútil ou supérfluo”.

Renúncia quaresmal, será destinada, em partes iguais, à requalificação da igreja de Santo Inácio na paróquia de Samayanallur, da Diocese de Madurai, na Índia, e ao Fundo Diocesano de Emergência Social, gerido pela Cáritas Diocesana.

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D. Manuel Linda, bispo do Porto, afirma que “o repartir o pão, e o repartir os bens com quem tem menos do que nós” se torna “uma exigência que a Igreja coloca à nossa responsabilidade”.

“A Quaresma deve ser vivida no domínio de nós mesmos e da nossa ânsia de possuir e de ter e de dominar, mas também na solidariedade para como os outros”, aponta o prelado.

O prelado deseja que a Quaresma “seja um tempo jubilar, porque também nós sabemos criar esperança e a esperança também pode ser traduzida na nossa dádiva para que outros tenham mais”.

Renúncia quaresmal Renúncia quaresmal vai apoiar dois seminários em África e “muitas solicitações de todas as partes do mundo”.

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D. José Traquina, bispo de Santarém, escreve que “a penitência que agrada a Deus é aquela que nos leva a cuidar dos nossos semelhantes”.

O prelado sublinha que neste tempo “somos convidados a uma especial união e identificação com Cristo na caminhada para a Páscoa, tendo presente a sua experiência dos quarenta dias no deserto onde foi sujeito a tentações”.

“Também o Jubileu do Ano santo nos recorda que na sua origem está a alegria dos mais pobres por acontecer partilha de bens”, indica.

Renúncia quaresmal destina-se a apoiar “um projeto social em Laleia, Timor-Leste”, promovido pelas Irmãs Franciscanas Missionárias de Nossa Senhora.

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D. Américo Aguiar, bispo de Setúbal, pede aos fiéis que encarem “os dramas das violências” na diocese.

“Confiando nesta certeza, suportada pela Fé, gostaria de vos pedir que fossemos capazes de encarar os dramas das violências na nossa diocese. E que juntos, procurássemos encontrar a melhor forma de erradicar a violência doméstica capaz de matar; a violência verbal, capaz de destruir; a violência da fome, do desemprego e de tantas outras carências”, pede o prelado.

O bispo de Setúbal manifesta ainda o desejo de “que cada cristão, cada homem e cada mulher, cada jovem da Diocese de Setúbal, assuma o seu papel, nesta luta que mata e destrói à nossa volta”.

Renúncia quaresmal será encaminhada para o apoio às crianças da Terra Santa e para o Fundo de Emergência Diocesano.

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D. João Lavrador, bispo de Viana do Castelo, propõe “uma caminhada de renovação” como itinerário de preparação para a Páscoa.

“Na verdade, há uma renovação a empreender, há uma mudança a pressionar os nossos estilos de vida, há um sonho de uma nova humanidade a concretizar”, aponta.

O prelado, recordando que a já emblemática palavra “metanoia” – que significa mudança –, sendo “um desafio a todos os batizados”, é igualmente “um imperativo para toda a sociedade, para o mundo e para a cultura atual”.

Renúncia quaresmal é destinada em partes iguais à Missão em Ocua, Diocese de Pemba, Moçambique, e ao Seminário Diocesano para fazer face aos seus encargos com a formação dos futuros presbíteros.

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D. António Augusto Azevedo, bispo de Vila Real, convida os diocesanos, neste ano jubilar, “ano especial de graça”, a fazerem “a experiência de verdadeiros ‘peregrinos de esperança’”.

“Num contexto de dúvidas e receios, não podemos ceder ao pessimismo ou resignarmo-nos ao desânimo ou fatalismo. Numa era de desconfiança em que a sociedade se aglutina mais facilmente em torno da indignação do que da esperança, urge redescobrir a novidade da esperança cristã”, aponta.

O responsável diocesano lembra aos cristãos que “Cristo é a fonte da nossa esperança” e que “a sua cruz é o grande sinal de uma esperança nova que se abre para toda a humanidade”.

“Iniciemos este caminho quaresmal reavivando o nosso sonho de um mundo mais livre e pacífico, acordando de alguma letargia e distração para a urgência de um compromisso sério na busca de um mundo mais justo e solidário”, pede.

Renúncia quaresmal é destinada à Cáritas Diocesana, para apoio a projetos de auxílio a reclusos e a famílias carenciadas.

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D. António Luciano, bispo de Viseu, afirma que este é “um tempo de reflexão, de penitência, de jejum, de oração e conversão, que nos desafia a caminharmos juntos para a vida nova do Ressuscitado”.

“Caminhar com Jesus, à luz da esperança pascal, leva os cristãos a procurar um estilo de vida novo mais comprometido com a Igreja e com o mundo”, sublinha.

O prelado nota que “com a crescente secularização e indiferença da sociedade, justificada em grande parte pelo intenso ritmo da vida quotidiana, as pessoas têm hoje mais dificuldade em entrar neste dinamismo interior de conversão e renovação proposto pela Igreja”. Por isso, apela ao esforço de todos para que, ao longo destes dias, se empenhem em fazer este caminho.

Renúncia quaresmal vai apoiar a construção de uma cozinha comunitária, na Diocese de Viana, em Angola, a “Fazenda da Esperança”, na Diocese da Guarda e o “Fundo de Emergência” da Diocese de Viseu.

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D. Sérgio Dinis, bispos das Forças Armadas e Segurança, nota que “o mundo está marcado por conflitos”, alertando que “a guerra, o sofrimento e a destruição, para alguns, são transformados em oportunidades de lucro e interesse”.

“Não! Não pode ser! A paz é um dom de Deus e a esperança de todo o ser humano. Por isso, a paz nunca pode ser um bem negociável”, vinca.

O prelado lembra que a Quaresma “é um tempo favorável de conversão, oração e compromisso com o Evangelho da Paz”, exemplificando com a bem-aventurança proclamada por Jesus: “Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão filhos de Deus.”

Renúncia quaresmal destina-se à Acreditar – Associação de Pais de Crianças e Jovens com cancro, e à Fundação Ajuda à Igreja que Sofre.

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A Quaresma, que teve início com a celebração das cinzas, no dia 5, é um tempo litúrgico, de 40 dias, excetuando os domingos, marcado por apelos ao jejum, partilha e penitência; serve de preparação para a Páscoa, a principal festa do calendário cristão, que este ano se celebra a 20 de abril.

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