Em julho, a FNAM não assinou o protolo com o ministério da Saúde, o que "não implica que tenha de haver uma quebra na negociação", defende o sindicato.
À Renascença, a FNAM diz que a atribuição automática, a partir de janeiro, de médico a utentes sem médico de família "viola a lei da contratação coletiva" e aumenta "listas que já são excessivas".
A federação anuncia que vai manter "a greve às horas extraordinárias nos centros de saúde a partir de 1 de janeiro por um espaço de pelo menos meio ano".
Como razões para o facto de haver "centenas de rescisões e vagas de especialidade por preencher", a FNAM aponta "o excesso e condições de trabalho que não asseguram uma formação de qualidade".
Joana Bordalo e Sá acusa Ana Paula Martins de ser a responsável por "sucessivas tragédias" na saúde em Portugal, numa altura de crise no INEM, motivada pelos atrasos no socorro pré-hospitalar que, até agora, terão estado na origem de 11 mortes.
Na reunião de hoje, o sindicato colocou também em cima da mesa uma proposta sobre as normas particulares de organização e disciplina do trabalho médico.
Greve dos médicos está a ter constrangimentos maiores nos blocos operatórios. Entre os enfermeiros, acordo assinado na véspera com o Governo, terá prejudicado a adesão.
Para a Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares, as dificuldades na marcação das férias deve-se a "falta de profissionais". FNAM diz que novo despacho "ataca o direito às férias" e apela à greve a 24 e 25 de setembro.