Durante a reunião do conselho nacional, no Porto, a Federação Nacional dos Médicos decidiu manter e "eventualmente reforçar" a greve ao trabalho extraordinário convocada até 31 de março.
Federação Nacional dos Médicos quer que o Ministério da Saúde considera que há confusão entre "o conceito de revisão salarial com valorização/progressão remuneratória" e quer que o Governo apresente "por categorias e por escalões ou níveis da Tabela Remuneratória Única" quais as alterações em 2025, 2026 e 2027, separadamente.
"A nível nacional abriram menos de 25% das vagas necessárias para devolver médicos de família à população", diz a Federação Nacional dos Médicos, para quem a recusa do Ministério da Saúde "é incompreensível".
Presidente da FNAM considera que a subida do número de contactos não significa “melhor serviço prestado à população” e que reflete antes o impacto da redução das equipas nas unidades de saúde.
À Renascença, a FNAM diz que a atribuição automática, a partir de janeiro, de médico a utentes sem médico de família "viola a lei da contratação coletiva" e aumenta "listas que já são excessivas".
Como razões para o facto de haver "centenas de rescisões e vagas de especialidade por preencher", a FNAM aponta "o excesso e condições de trabalho que não asseguram uma formação de qualidade".
A presidente da Fnam responde assim às declarações da ministra da Saúde que, este sábado, se mostrou confiante da vocação e missão dos profissionais de saúde, depois de impedir o encerramento de urgências no Natal e fim de ano.