Na plateia, a aplaudir
Ao contrário do que é tradição, a cerimónia de tomada de posse não decorreu nas escadas do Capitólio, mas antes na rotunda, uma das salas principais do edifício. Assim, apenas 800 pares de olhos puderam assistir, ao vivo, ao momento quem Trump pôs a mão na bíblia, perante o juiz do Supremo John Roberts, e fez o juramento.
Mal pisou a sala, Trump foi recebido com uma salva de aplausos. Como num comício, alguns dos presentes começaram a entoar: “EUA, EUA, EUA.” Algo muito diferente aconteceu, minutos antes, quando Mike Pence entrou na sala: ouviram-se apupos.
Entre os 800 convidados, estiveram muitos bilionários do setor tecnológico. Elon Musk, Mark Zukerberg e Jeff Bezos eram (convidados) esperados. Mais surpreendente foi a presença de Sundar Pichai, CEO do Google, Sam Altman, CEO da OpenAi, Sergey Brin, co-fundador do Google, Tim Cook, CEO da Apple, e Shou Zi Chew, CEO do TikTok.
Com uma lista de convidados e ausências digna de uma tese de ciência-política, Trump pode também ter dado já um sinal quanto às afinidades políticas da nova administração.
Se Joe Rogan, o podcaster norte-americano, teve direito a um lugar, a embaixadora da Ucrânia nos EUA, Oksana Markarova, não. (Talvez não por acaso, Vladimir Putin apelidou hoje Trump de “corajoso” e disse estar disposto a dialogar com a nova administração.)
Solene, garantindo ser um “pacificador”, mas sempre ao ataque, Trump prometeu “uma revolução do senso-comum” nos próximos quatro anos. Rodeado por uma equipa de equipa de fiéis "trumpistas", apoiado por alguns dos empresários mais poderosos do planeta e com a oposição democrata em cacos, o 47.º Presidente dos Estados Unidos promete derrubar o "establishment".