Muitos dias passaram, 1.095 para sermos exatos, desde que Volodymyr Zelensky se filmou em frente ao palácio presidencial para dizer aos ucranianos que não tinha abandonado o país. Era o segundo dia da invasão russa. "Estamos aqui", dizia o Presidente, numa mensagem que servia para dizer que ele, o primeiro-ministro, o assessor da Presidência, o seu chefe de gabinete e o líder do partido do Governo (todos alinhados no vídeo) iam ficar e lutar contra a Rússia.
No dia seguinte, outra mensagem de Zelensky ficava para a história do conflito. "A luta é aqui, preciso de munições, não de uma boleia", respondia o Presidente da Ucrânia aos Estados Unidos, que se ofereciam para o retirar, são e salvo, do país.
Nos dias, semanas, meses e anos seguintes, a mensagem do Presidente ucraniano apurou-se, mas manteve-se fiel ao essencial daqueles dois dias. A Ucrânia não desistia da luta e aos aliados pedia munições, munições, munições.
Primeiro com javelins, tanques da era soviética, drones turcos (e até com tratores que insistiam em fazer frente ao exército russo), Kiev mostrou a Vladimir Putin que se tinha enganado nas contas ao planear uma guerra de três dias. Mais tarde, com tanques de terceira geração, sistemas Patriot e mísseis supersónicos, a Ucrânia começou a entrar e a conquistar território russo.
No terceiro aniversário da invasão russa, e numa altura em que além da guerra com Putin, Zelensky lida com entraves diplomáticos com Donald Trump, relembramos algumas das armas que, quer do lado de Kiev quer do lado de Moscovo, têm marcado a guerra.