Perguntamos-lhe se a Ucrânia está incluída e, sem nunca mencionar o nome do país, responde: “Basta fazer esse raio e dá para ver onde se pode ir — África, Europa, outras áreas... Inclui também mares e oceanos. E por isso temos a Marinha também incluída.”
Preparados para todos os cenários
O Battlegroup não foi criado para desempenhar missões de força, mas o comandante admite que o grupo está preparado para todos os cenários.
“Isto não invalida que numa operação defensiva não se faça uma ofensiva e é isto que temos de treinar. Se estivermos treinados para alta intensidade conseguimos depois fazer qualquer outra operação que não seja tão exigente, como o simples apoio à populações.”
Todas as hipóteses foram pensadas. “Poderemos ser confrontados com situações biológicas e químicas e temos um pelotão de descontaminação biológica e química. E esperemos que não haja necessidade, mas também temos agrupamento sanitário.”
Luís Calmeiro garante que, em caso de intervenção, seja qual for o cenário, têm tempo para se colocar atempadamente no terreno e rever estratégias.
“Este processo de decisão da União Europeia leva o seu tempo e esse tempo, à medida que a situação é esclarecida, permite irmos trabalhando nos diversos cenários, para que se possa ir afinando o planeamento que é feito à medida do exigido na altura, por forma a que quando é dada a ordem inicial para missão esteja tudo esclarecido, ou seja, onde é para ser empregue, como e com que meios.”