Jonathan Silva é um entre vários exemplos de comerciantes do centro do Porto que, nos últimos tempos, têm sido alvo de pequenos furtos. "O sentimento de impunidade continua... Nada se resolve, mesmo que se apresente queixa."
"Se a cidade adormece mais cedo, a insegurança acorda mais cedo"
A vice-presidente da Associação dos Comerciantes do Porto (ACPorto), Anabela Barbatto, reconhece que, "muitas vezes, os crimes são de diminuto valor, a burocracia e as diligências que vão ter que prestar junto da polícia leva muito tempo e, às vezes, isso prejudica o próprio negócio".
No entanto, esta responsável que tutela a área da segurança na ACPorto alerta que "é importante incentivar as pessoas a apresentar queixa, porque depois, em termos de estatísticas oficiais, temos informação de que a criminalidade grave aumentou, mas a criminalidade leve, que abrange os furtos nas lojas, diminuiu".
Mas não é isso que o volume de queixas dos comerciantes denota. Anabela Barbatto acredita que "não há uma diminuição" deste tipo de delito. Por causa da insegurança, acrescenta, "há associados que dizem que encerram os seus estabelecimentos mais cedo, quando poderiam estar abertos até mais tarde".
É o que acontece, por exemplo, na Avenida Rodrigues de Freitas, junto à sede da ACPorto: "Se os comerciantes não sentem segurança, eles reduzem os horários e fecham os estabelecimentos.